O antigo diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, recorreu às redes sociais para criticar a atual Comissão Executiva do clube por alegadamente omitir os salários dos seus membros no novo Portal da Transparência.
Marques considerou que «só tornando públicos os salários dos elementos da Comissão Executiva, que são profissionais, que exercem a tempo inteiro, haverá transparência». O ex-responsável pela comunicação portista defendeu ainda que «os sócios têm o direito de saber se há e qual o valor das despesas de representação destes dirigentes, seja através de cartões de crédito, seja através de outras formas de retribuição».
Críticas à falta de transparência no novo Portal da Transparência
Marques começou por escrever que o Portal da Transparência é «uma excelente iniciativa se for prestada informação correta e devida». No entanto, acrescentou que «se assim não for serve para atirar areia para os olhos e fazer propaganda. Infelizmente, parece ser esse o caso com a omissão dos salários dos elementos da Comissão Executiva».
O ex-responsável pela comunicação portista contextualizou que a anterior administração tinha cinco elementos executivos, cujos salários «eram públicos» através dos relatórios e contas, e que os membros não executivos «recebiam senhas de presença».
Salários desconhecidos da atual Comissão Executiva
«Pelo Portal da Transparência ficamos a saber que o presidente André Villas-Boas não recebe salário da SAD, ficamos a saber o salário do administrador Pereira da Costa, mas escondem-nos os salários dos outros três membros da Comissão Executiva, o que é muito pouco transparente», apontou Marques, referindo-se a João Begonha Borges, José Luís Andrade e Tiago Madureira.
Marques considerou ainda «estranho que numa entidade com uma débil situação financeira um salário acima dos 300 mil euros anuais justifique um subsídio de alojamento», referindo-se ao valor de 350 mil euros anuais da remuneração de Pereira da Costa.
Comparação com a anterior administração
Marques fez ainda um comparativo entre as estruturas da atual e da anterior administração, considerando que «no mandato de Pinto da Costa o futebol era dirigido pelo próprio, por Luís Gonçalves e por Vítor Baía, todos com salários públicos. Agora, o futebol é dirigido por André Villas-Boas (sem salário), Zubizarreta e Jorge Costa, com salários desconhecidos. Qual é mais transparente?».
O ex-responsável pela comunicação portista defendeu ainda que «para já o Portal da Transparência é omisso em relação a isso, o que parece indicar que ao salário dos membros da Comissão Executiva acresce os chamados DRP (para quem não sabe foi assim que no Benfica Domingos Soares Oliveira "casou" a filha), o que é muito pouco transparente».