Transição na relação entre o FC Porto e a sua principal claque
O FC Porto enfrenta um período de transição no relacionamento com a sua principal claque, os Super Dragões. Após a detenção do antigo líder da claque, Fernando Madureira, no âmbito da Operação Pretoriano, os Super Dragões anunciaram que passaram a ser liderados por uma comissão administrativa, face à ausência de listas candidatas a uma nova direção.
Neste contexto, o presidente do FC Porto, André Villas-Boas, revelou que terá uma reunião esta quarta-feira com os responsáveis interinos da claque. «Amanhã, em princípio, haverá uma reunião com a Associação Super Dragões, temos muito gosto em recebê-los e acreditamos muito no que podem ajudar a equipa», afirmou Villas-Boas.
Novo protocolo de cooperação em análise
O objetivo da reunião será estabelecer «novas regras» e «um novo protocolo de cooperação» entre o clube e a claque, que deverá posteriormente ser aprovado em Assembleia Geral pelos sócios do FC Porto. «O nosso objetivo é que esse protocolo venha a ser aprovado em Assembleia Geral pelos sócios do FC Porto», explicou o líder portista.
Villas-Boas espera que desta reunião resulte «um acordo entre as partes» que permita «valorizar o trabalho que é feito entre os GOA (Grupo Organizado de Adeptos)». «Estamos à vontade, esperamos terminar em bom porto», desejou.
Mercado de transferências do FC Porto
Além da reunião com os Super Dragões, Villas-Boas abordou outras questões relacionadas com o mercado de transferências do FC Porto. O presidente confirmou que a única proposta formal recebida pelo clube foi do Olympiacos pelo defesa David Carmo, mas que as negociações não chegaram a bom porto. «Acabámos por não chegar a acordo, mas o jogador também está confortável e a ter um rendimento ótimo nesta pré-época – temos ali um bom ativo que se valorizou nesta última temporada de empréstimo ao Olympiacos», explicou.
Quanto a Francisco Conceição, filho do treinador Sérgio Conceição, Villas-Boas revelou que o clube não recebeu qualquer proposta, apesar de a cláusula de rescisão do jogador ter passado de 30 para 45 milhões de euros. «As únicas propostas que tivemos foram pelo David Carmo, em relação ao qual o Olympiacos teve não só direito de compra, mas também interesse. Quanto ao Francisco Conceição, não tivemos qualquer proposta», afirmou.
Villas-Boas reconheceu que o mercado de transferências está «parado e pouco ativo», mas garantiu que o FC Porto está «numa fase de negociação em vários negócios estruturantes» e prometeu «novidades positivas» nas próximas duas semanas, que irão «ajudar a tesouraria do clube a restabelecer-se».