Depois de muito tempo sem se conhecer o paradeiro de Cardoso Varela, extremo de 15 anos do FC Porto que brilhou no último Europeu Sub-17, os dragões tomaram conhecimento de uma viagem para a Croácia, na companhia de um alegado representante legal do jogador em Portugal, Wilson Sardinha, e de Faustino Gomes, agente FIFA.
O FC Porto não se conforma com os contornos tão insólitos quanto graves deste caso e vai até às últimas consequências. Face a estes novos desenvolvimentos, O JOGO apurou que o clube azul e branco e a Federação Portuguesa de Futebol já entraram em contacto com a federação da Croácia para expor uma situação que também motivou queixas à FIFA e às autoridades nacionais, além da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens.
Contrato milionário exigido pela família
Cardoso Varela faltou a reuniões que visavam acertar a continuidade no Dragão e reprovou de ano por não comparecer a exames escolares. As conversas iniciais, com a família do jovem, decorreram de forma positiva, mas o cenário mudou drasticamente quando os representantes do jogador exigiram «3 milhões de euros» para a continuidade do jogador.
Dele se foi perdendo o rasto até então, mas com o FC Porto manteve-se ativo em várias frentes não só para salvaguardar os seus interesses, mas também os de Cardoso Varela, no receio que esteja a ser sobretudo vítima em toda esta história.
Normas rígidas da FIFA
A FIFA tem normas muito apertadas para transferências ou primeiras inscrições fora do país de origem para menores de idade, mesmo que já tenham 16 anos e possam assinar um contrato profissional.
A ideia passará por colocar o jovem no Dinamo Odranski Obrez, emblema da quarta divisão croata, até outubro, altura em que Cardoso completa 16 anos e, a partir daí, já poderá assinar contrato profissional. A paragem seguinte seria outro campeonato estrangeiro, presumivelmente o futebol alemão.