Associação Portuguesa de Defesa do Adepto critica atuação «desproporcional» da PSP
Depois de várias queixas feitas, principalmente por adeptos do FC Porto, acerca da atuação da unidade especial de polícia da PSP, chega agora a reação da Associação Portuguesa de Defesa do Adepto (APDA). A associação acusa a polícia de ter tido um comportamento «desproporcional e excessivo» durante a final da Taça de Portugal.
Violência física e uso de armas «inaceitável»
Num comunicado publicado nesta quarta-feira, a APDA refere-se à violência física exercida pela PSP e à utilização de balas de borracha e de gás pimenta: «No jogo da final da Taça de Portugal, assistimos a excessos policiais que deixaram um rastro de feridos nas bancadas e fora delas. Balas de borracha atingiram adeptos em várias partes do corpo, incluindo num olho, bastonadas indiscriminadas, utilização de gás aleatoriamente e, no final, até crianças precisaram de assistência médica. O cenário de violência foi chocante e inaceitável, especialmente quando se esperava que a polícia mantivesse a ordem e protegesse os cidadãos.»
APDA exige «investigação imparcial» e «medidas concretas»
A APDA pede agora uma resposta das autoridades governamentais acerca daquele que considera ter sido «um dia negro para os adeptos»: «O que se espera agora é uma resposta firme e transparente das autoridades. É fundamental que haja uma investigação imparcial sobre os incidentes, que os responsáveis pelos excessos sejam identificados e que se tomem medidas concretas para evitar que tais abusos se repitam - ou vamos ter adeptos interditos pelas tochas e agentes da autoridade agressores impunes? A confiança entre os cidadãos e as forças de segurança precisa ser restaurada, e isso só será possível com justiça e transparência.»