Uma operação policial no Futebol Clube do Porto desencadeou uma investigação sobre um alegado esquema de venda ilegal de bilhetes, resultando na apreensão de milhares de ingressos e dinheiro. Segundo a Lusa, fonte da PSP indicou que as buscas estão relacionadas com a Operação Pretoriano, tendo sido constituídos arguidos mais de uma dezena de indivíduos. A Porto Comercial, uma das empresas do grupo FC Porto, e a loja do Associado no Estádio do Dragão foram alvo das diligências, que tiveram origem na certidão extraída do inquérito da Operação Pretoriano.
Investigação Revela Esquema de Venda Ilegal de Bilhetes
A investigação, denominada Operação Bilhete Dourado, revelou que durante seis jogos realizados em casa pelo FC Porto, incluindo clássicos com Benfica e Sporting, foram efetuados relatórios das autoridades. As suspeitas do Ministério Público recaem sobre a existência de um suposto esquema de venda ilegal de bilhetes, com indícios de que membros da claque Super Dragões estariam envolvidos.
A PSP executou 14 mandados de busca domiciliária e quatro de busca não domiciliária nos concelhos do Porto, Vila Nova de Gaia e Matosinhos. A suspeita é de um esquema criminoso relacionado com a distribuição e venda de bilhetes, envolvendo funcionários do FC Porto e elementos dos Grupos Organizados de Adeptos. Foram apreendidos milhares de bilhetes e dinheiro, com mais de uma dezena de pessoas constituídas arguidas.
Clã Madureira na Mira das Autoridades
A Operação Pretoriano, que investiga incidentes na Assembleia Geral do FC Porto em novembro de 2023, sustenta que a claque Super Dragões tentou criar um clima de intimidação para aprovar uma revisão estatutária. Em comunicado, a claque informou que solicitou o cancelamento de todos os ingressos emitidos ao abrigo de um protocolo com o clube, resultando numa bancada despida no jogo contra o Boavista.
A família Madureira, incluindo Catarina Madureira, filha do líder dos Super Dragões em prisão preventiva, está na mira das autoridades. O Ministério Público acredita que Catarina liderou a venda de ingressos com o apoio dos avós, num alegado esquema de branqueamento de lucros da venda ilegal de bilhetes. A operação revelou o processo de distribuição irregular de bilhetes, envolvendo funcionários do clube e membros da claque.
Investigação Continua em Curso
O documento do Ministério Público destaca que o esquema permitia que Fernando Madureira ficasse com os bilhetes e o dinheiro da venda, prejudicando o FC Porto. A investigação visa apurar se os valores dos bilhetes distribuídos pelos Super Dragões são entregues na totalidade ao clube. A operação continua a decorrer, com a expectativa de esclarecer todos os detalhes do caso.