O candidato às eleições do FC Porto, André Villas-Boas, fez duras críticas à gestão financeira do clube em uma entrevista à SIC Notícias. Villas-Boas destacou a preocupação com o incumprimento financeiro do FC Porto, revelando que o clube está em situação limite, com um passivo de 510 milhões de euros e uma dívida financeira de 310 milhões de euros. Ele também apontou para a antecipação de receitas como uma prática recorrente, indicando que esta estratégia é uma forma de pressão para a direção atual.
Críticas à Direção e Presidente
Villas-Boas não poupou críticas à atual direção do clube, especialmente ao presidente Pinto da Costa. O candidato acusou Pinto da Costa de estar refém de investidores, como João Rafael Koehler, e de não buscar as melhores condições financeiras para o FC Porto. Ele mencionou a falta de transparência em relação à antecipação de receitas por fundos e questionou a atuação da direção em relação a contratos e investimentos.
Preocupações e Propostas de Villas-Boas
O ex-treinador levantou questões sobre possíveis irregularidades, mencionando o uso abusivo de despesas de representação, cartões de crédito e salários pagos de forma questionável. Villas-Boas afirmou que, se eleito, será implacável com quem tiver lesado o clube, prometendo investigar e atuar sobre essas questões. Além disso, o candidato expressou preocupação com a relação do FC Porto com um fundo de investimento, apontando que a direção atual não buscou melhores condições de financiamento. Villas-Boas questionou a falta de transparência em relação a este fundo e destacou a necessidade de aumentar a receita do clube, sugerindo que a parceria com a Ithaka poderia ser renegociada para obter melhores condições. Sobre o projeto da Academia na Maia, Villas-Boas afirmou que, se eleito, irá analisar os contratos assinados e buscar o melhor caminho para o FC Porto. Ele destacou a importância de não permitir atrasos em obras e de garantir a transparência nas decisões estruturais do clube.
Em resumo, as declarações de André Villas-Boas refletem uma profunda preocupação com a situação financeira e a gestão do FC Porto. O candidato promete uma postura firme e determinada em relação a possíveis irregularidades e busca por melhores condições para o clube, caso seja eleito nas eleições marcadas para 27 de abril.
