O candidato à presidência do FC Porto pela Lista B, André Villas-Boas, expressou preocupação com a recente decisão do clube de vender 30% dos direitos económicos a uma nova sociedade, a Ithaka, a apenas 10 dias das eleições. Em declarações à imprensa, Villas-Boas questionou a pressa e a necessidade por trás desta transação, afirmando que «Porquê a pressa e a venda de 30 por cento das receitas comerciais do FC Porto? É sinal de falência, apesar do parceiro ser bom. Vende-se por necessidade operacional. Quando se vende a 10 dias das eleições é grave para os sócios, na minha opinião».
O ex-treinador do FC Porto também levantou questões sobre a transparência e gestão financeira do clube, apontando para «negócios simulados entre clubes com a intenção de forjar mais-valias, e uma política de contratações desastrosa, sem rei nem roque, onde a autoridade do clube se dissipou a favor dos interesses de determinados agentes e intermediários». Villas-Boas destacou a importância de corrigir os problemas existentes na atual direção do clube, afirmando que «Isto é grave, não pode passar incólume».
Villas-Boas: Apoio a Sérgio Conceição e Críticas à Direção
Além disso, Villas-Boas reiterou o seu apoio ao treinador Sérgio Conceição, afirmando que é o técnico que deseja para o futuro do clube. Ele enfatizou a importância de uma estrutura sólida e organizada no FC Porto, mencionando que «O sonho de qualquer treinador é ter uma estrutura como esta. Há departamentos que funcionam, lógica, racionalidade... Uma das minhas maiores vantagens era dedicar-me a treinar a equipa e a estrutura Porto, qual baluarte unido, suportava o treinador. É isto que temos de perseguir novamente».
Críticas à Venda e Compromisso com a Transparência
O anúncio do acordo entre o FC Porto e a Ithaka para incrementar a utilização e rentabilidade económica do Estádio do Dragão foi feito esta semana, com a presença de Villas-Boas na apresentação da direção desportiva. O candidato da Lista B criticou a venda dos direitos económicos do clube, afirmando que «A venda de 30% do FC Porto custa-nos muito, apesar do parceiro ser bom é um sinal de falência institucional. Ou se vende por competência ou por dificuldades operacionais. É um sinal revelador que nos preocupa».
Eleições no Horizonte: Avaliação da Candidatura de André Villas-Boas
Com as eleições para a presidência do FC Porto marcadas para o dia 27 de abril, a candidatura de André Villas-Boas continua a levantar questões sobre a gestão e transparência do clube, enquanto reforça o compromisso com a continuidade de Sérgio Conceição e a importância de uma estrutura sólida para o sucesso desportivo e financeiro da equipa.