A campanha eleitoral do FC Porto tem sido marcada por uma intensa troca de argumentos entre o atual presidente, Pinto da Costa, e o candidato às eleições do próximo mês de abril, André Villas Boas. As acusações mútuas têm sido públicas e revelam um clima de tensão e confronto no seio do clube.
"Assalto por Interesses Materiais"
Em declarações proferidas num evento realizado no Auditório da Junta de Freguesia de São Pedro da Afurada, Pinto da Costa apontou o dedo a André Villas Boas, referindo-se à ligação deste a um senhor que não é do FC Porto, mas sim do Sporting. O presidente dos dragões afirmou: "Quando vi que a outra candidatura estava ligada a um senhor que não é do FC Porto, a não ser quando lhe interessam os negócios, porque é do Sporting, onde tem um camarote, vi que isto seria um assalto por interesses materiais e negócios, sobretudo, televisivos".
Execuções Fiscais e Conflitos
Por sua vez, André Villas Boas não ficou calado perante as acusações de Pinto da Costa. O candidato às eleições do FC Porto deixou um aviso claro em relação à possibilidade de execuções fiscais à pressa por parte de um grupo próximo do presidente atual: "Esperemos que, quando esta direção tomar posse, que determinado grupo e núcleo de senhores deste universo muito próximo do presidente não nos venham cobrar execuções fiscais à pressa, porque a direção mudou".
Confronto na Assembleia-Geral
A troca de acusações não se limitou apenas a questões de interesses materiais e fiscais. Pinto da Costa também se referiu às agressões na última Assembleia-Geral do clube, comparando a situação a um cenário de conflito: "Houve uns que vieram para desunir, com uma estratégia traçada de confusões, problemas e de criar dificuldades a quem quer resolver os problemas do FC Porto. A famigerada AG correu mal, mas quem não esteve lá pode pensar que foi pior que Gaza".
Futuro Eleitoral Incerto
O clima de confronto e tensão na campanha eleitoral do FC Porto tem sido evidente, com ambos os lados a trocarem acusações e críticas públicas. André Villas Boas afirmou: "Pinto da Costa é facilmente desmentível. Não somos pacóvios...", numa clara resposta às declarações do presidente do clube.
Pinto da Costa reforçou a sua posição e as razões da sua recandidatura, destacando o apoio dos sócios anónimos e a sua vontade de manter a SAD do FC Porto ligada ao clube: "Candidato-me pelos sócios anónimos, pelos dragões anónimos que ao longo destes anos sempre me apoiaram e contribuíram para os nossos êxitos. Por isso, faço essa declaração, como forma de reconhecimento pelo apoio que os dragões da Afurada me deram em todos os momentos".
A eleição para a presidência do FC Porto está agendada para o próximo dia 27 de abril, e o clima de tensão e confronto entre Pinto da Costa e André Villas Boas promete marcar o desfecho deste processo eleitoral. As acusações mútuas e as divergências entre os dois candidatos têm sido o centro das atenções neste período pré-eleitoral, deixando os adeptos e sócios do clube divididos e expectantes em relação ao futuro da instituição.