O antigo treinador e figura conhecida do futebol português, André Villas-Boas, anunciou a sua candidatura à presidência do FC Porto nas eleições de 2024. Em entrevistas recentes, Villas-Boas expressou preocupações sobre a situação financeira e desportiva do clube, apontando a necessidade de uma nova liderança para encontrar um novo rumo.
Compromisso com a Renovação
Numa entrevista ao Público e à Renascença, Villas-Boas comentou sobre a possível recandidatura de Pinto da Costa em 2024, afirmando: «Dificilmente pensaria que o presidente se pudesse recandidatar em 2024. A verdade é que os últimos anos têm levado o FC Porto à ruína financeira e a uma perda de competitividade desportiva. No meu entendimento, sempre pensei que não se recandidatasse. Decidi avançar com esta candidatura mesmo que ele fosse meu adversário – acho que o FC Porto precisa de encontrar um novo rumo.» Esta declaração reflete a determinação de Villas-Boas em trazer mudanças significativas para o clube.
Segurança e Estabilidade
Villas-Boas também abordou a questão da violência e instabilidade no clube, especialmente após a detenção de adeptos associados à violência na Assembleia-Geral do FC Porto. Ele comentou: «O que se passa atualmente no FC Porto é o medo da coação, da agressão. Há medo de represálias de liberdade de opinião.» Esta preocupação com a segurança e a estabilidade no clube destaca a urgência de uma liderança forte e unificadora.
Equidade e Transparência
Além disso, Villas-Boas mencionou a importância de repensar os protocolos com as claques do FC Porto, garantindo que todos os sócios tenham igualdade de acesso e tratamento. Ele afirmou: «Os grupos organizados de adeptos não podem ter mais privilégios do que os sócios do FC Porto. E os não sócios dos grupos organizados de adeptos não podem ter mais privilégios que as pessoas que são do público em geral que querem ter acesso a bilhetes.» Esta posição demonstra o compromisso de Villas-Boas com a transparência e equidade no clube.
Visão de Futuro
Em relação ao futuro do FC Porto, Villas-Boas expressou sua visão de longo prazo, reconhecendo que o clube passa por uma situação limite. Ele afirmou: «O FC Porto encontra-se numa situação limite, não queria estar a fugir às minhas responsabilidades, mas, em 2028, já não é para mim. Apresento-me agora com esta visão de futuro, rodeei-me das pessoas certas e que podem já não estar [disponíveis] para mim em 2028.» Esta visão de liderança e planeamento a longo prazo destaca a abordagem estratégica de Villas-Boas para a presidência do clube.
Em suma, a candidatura de André Villas-Boas à presidência do FC Porto em 2024 representa um desafio à gestão atual, com um foco claro na renovação, transparência e estabilidade no clube. Suas declarações refletem um compromisso com a mudança e a melhoria contínua, visando restabelecer a glória desportiva e a sustentabilidade financeira do FC Porto.