A estratégia de Roger Schmidt ficou visível no jogo que levou o Benfica à conquista da Supertaça. Apesar dos resultados positivos, algumas das suas decisões não foram totalmente bem-sucedidas. Uma delas, atribuir a Rafa Silva a função de ponta-de-lança e Aursnes o papel de referência para a posse de bola, não mostrou ser a mais acertada. As correcções necessárias no intervalo demonstraram a necessidade de alternativas mais eficazes para surpreender os adversários.
A inclusão de Di María é outro ponto que merece destaque. Apesar da sua idade avançada, não se pode desconsiderar a sua habilidade técnica e a capacidade para ditar o ritmo do jogo. É possível que a dependência do Benfica de Di María crie uma necessidade de explorar outras alternativas.
João Neves, apesar da concorrência feroz, conseguiu mostrar-se em campo com uma extraordinária capacidade de antecipação e interceptação. Para Schmidt, a aposta em Neves resultou em dividendos avultados, mostrando que a decisão de jogar depende mais dele do que de outros factores.
A posição de Bah e Ristic, ambos com características e performances meritórias, ainda assim, deixam a desejar quando comparados com Grimaldo. A falta de substituto para Bah e a titubante prestação de Ristic necessitam ser corrigidas, pois ambos estão ainda bastante longe de atingir o nível do ex-Benfica.
Numa última nota, a performance de Petar Musa, que ocupou o lugar de Gonçalo Ramos, é digna de menção. O seu desempenho demonstrou o seu desejo de ser o titular, e permitiu a Schmidt ver o valor de um jogador que não teme a pressão do jogo, mostrando que está disposto a dar tudo para vencer.