O regresso de José Mourinho ao Benfica levanta diversas opiniões controversas e reflexões sobre a carreira do treinador. Ali Koç, presidente do Fenerbahçe, foi um dos que se manifestou sobre a passagem de Mourinho pelo seu clube e teceu considerações acerca da sua saída, afirmando: ““A saída do Mourinho foi difícil, muito difícil para mim a nível pessoal, porque era quase como parte da família. Ele trabalhou, deu tudo, era um verdadeiro obcecado pelo trabalho, mas a química não resultou. Ele disse que tinha errado, eu acho que foi uma decisão errada de ambas as partes e isso acabou por ficar claro com o tempo””
.
Koç, mesmo reconhecendo a dedicação de Mourinho, não poupou críticas. ““Precisávamos de dominar, de ter bola, de pressionar alto. O futebol direto não combina com o Fenerbahçe””
, afirmou, elucidando a diferença de filosofias que dificultaram a permanência do treinador no clube turco.
Visão Crítica de Ali Koç
Ali Koç não se limitou a criticar o estilo de jogo de Mourinho, mas também destacou a expectativa do treinador ao mudar-se para o Fenerbahçe. Ele afirmou: ““Achei que estávamos na mesma página. Até lhe disse que a sua equipa técnica era fraca; ele mudou tudo e trouxe uma equipa excelente. Mas nos primeiros cinco jogos vimos que o futebol era o mesmo. E aí decidimos que era melhor terminar a ligação””
.
A crítica de Koç estende-se à ideia de que Mourinho não se adaptou ao futebol turco, onde ele esperava uma mudança significativa no estilo de jogo, algo que não se concretizou. ““Depois da primeira época, ele precisava de se adaptar mais. Não aconteceu. Paciência, desejo-lhe o melhor””
, finalizou Koç, sublinhando a inviabilidade da continuidade de Mourinho no Fenerbahçe.
O Desafio no Benfica
O novo desafio de Mourinho é agora no Benfica, um clube onde iniciou a sua trajetória como treinador principal. Em sua apresentação, fez questão de lembrar que não veio para celebrar, mas para trabalhar com um foco renovado. ““São 25 anos, mas não venho para celebrar a carreira””
.
O peso da expectativa recai sobre Mourinho, que busca reviver a aura de vencedor que o caracterizou no passado. Notavelmente, um dos pontos críticos na sua trajetória foi a falta de títulos nos últimos anos; o último troféu conquistado por Mourinho foi em 2022, refletindo uma fase menos gloriosa: ““ele próprio dizia que o primeiro ano era de adaptação e o segundo para sermos campeões””
no contexto dos clubes onde atuou.
Expectativas dos Benfiquistas
Agora, paira uma pergunta sobre a mente dos benfiquistas: conseguirá Mourinho completar a história interrompida que deixou há 25 anos e restabelecer o brilho de um dos treinadores mais icónicos da história do futebol? Essa dúvida permanecerá enquanto o novo capítulo da sua carreira se desenrola no clube encarnado.