Na manhã desta segunda-feira, Fernando Saul, oficial de ligação aos adeptos do FC Porto, compareceu novamente perante o juiz no Tribunal de Instrução Criminal da Invicta, no âmbito da Operação Pretoriano. Durante o seu depoimento, Saul procurou esclarecer pontos relevantes para o processo, como explicou a sua advogada, Cristiana Carvalho.

De acordo com Carvalho, não se tratam de novas provas, mas sim de um esclarecimento por parte de Saul. A advogada afirmou aos jornalistas presentes: "Não, não são novas provas. Teve de voltar porque entendemos que devia voltar. Novas provas nos telemóveis? Quis vir fazer um esclarecimento apenas".

Cristiana Carvalho também mencionou que as medidas de coação para Saul ainda não são conhecidas. Ela presumiu que essas medidas não seriam reveladas hoje.

No total, dos 12 elementos detidos no âmbito desta operação, três já foram autorizados a regressar a casa. Tiago Aguiar, que trabalha na formação do FC Porto, António Moreira de Sá e Carlos "Jamaica" Nunes, adeptos do clube, tiveram permissão para sair em liberdade, mas terão que se apresentar no Tribunal de Instrução Criminal do Porto para conhecer as medidas de coação.

O juiz Pedro Miguel Vieira esperava divulgar as medidas de coação rapidamente, no entanto, o aparecimento de novas provas adiou essa divulgação. De acordo com o Jornal de Notícias, foram encontradas mensagens, vídeos e registos áudios no WhatsApp dos telemóveis apreendidos, que podem incriminar Fernando Madureira, líder da claque Super Dragões, e estão associados ao processo. Madureira não teria fornecido os códigos de acesso aos seus dispositivos, mas as conversas foram descobertas no telemóvel de Vítor Catão, ex-presidente do São Pedro da Cova, que agora decidiu permanecer em silêncio.

Os novos dados relacionados com este processo surgiram no sábado de manhã, dia em que Vítor “Aleixo” Oliveira, Carlos “Jamaica” Nunes, Catão e Madureira seriam interrogados. No entanto, o juiz suspendeu temporariamente o interrogatório e convocou os advogados dos detidos para uma consulta urgente. Um dos telemóveis analisados teria sido o de Fernando Saul, oficial de ligação aos adeptos do FC Porto.