Na quarta-feira, a Polícia de Segurança Pública (PSP) deteve 12 pessoas, incluindo elementos ligados ao FC Porto, no âmbito da Operação Pretoriano. Esta operação está a investigar os incidentes que ocorreram numa Assembleia Geral extraordinária do clube.
De acordo com documentos judiciais, o Ministério Público alega que os Super Dragões, a claque do FC Porto, tentaram criar um ambiente de intimidação e medo durante a assembleia, com o objetivo de aprovar uma revisão estatutária em benefício da atual direção do clube.
Os interrogatórios dos detidos estão a decorrer de forma ágil e devem ficar concluídos até domingo. Adélia Moreira, advogada de um dos detidos, revelou que o juiz está empenhado em tomar uma decisão o mais rapidamente possível, dado o tempo de detenção das pessoas. A advogada informou ainda que os interrogatórios estão a ser realizados num ritmo acelerado, com os restantes detidos a serem ouvidos amanhã.
Adélia Moreira também destacou a possibilidade de os trabalhos se estenderem até domingo. Ela afirmou: 'Penso que a preocupação é que seja o mais rápido possível. Quando nos chamarem outra vez será para conhecermos a promoção do Ministério Público. Pode ser amanhã como também domingo. Amanhã, com o andamento dos interrogatórios, vamos começar a ter uma perceção de quando será a decisão do senhor juiz. Há a preocupação para ser no máximo até segunda-feira.'
Os detidos estão a ser interrogados sobre factos relacionados com os incidentes ocorridos durante a assembleia. Espera-se que a decisão final seja tomada até segunda-feira, de acordo com as declarações da advogada.
A Operação Pretoriano está a investigar crimes de ofensa à integridade física, coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos ou produtos líquidos e atentado à liberdade de informação.