Após a recente Assembleia Geral do FC Porto, cujos acontecimentos culminaram na Operação Pretoriano, o Ministério Público encontrou indícios de que Fernando Saul, oficial de ligação aos adeptos e speaker do clube, teria obtido ganhos financeiros através da venda de bilhetes. Segundo as informações apuradas, Fernando Saul é um dos 12 detidos no âmbito desta operação.
O MP alega que este trio, composto por Fernando Madureira, Sandra Madureira e Fernando Saul, tinha interesse em aprovar as alterações aos estatutos propostas durante a Assembleia Geral. A aprovação destas alterações garantiria supostas regalias aos envolvidos.
Além disso, o Ministério Público considera que o Termo de Identidade e Residência (TIR) como medida de coação para a maioria dos suspeitos é limitado, devido ao perigo de continuidade de atividades ilícitas e possíveis tumultos futuros, principalmente durante o período eleitoral do clube.
Durante as diligências da operação, foram apreendidos diversos materiais de prova, como vídeos das câmeras de segurança do Dragão Arena, registros de redes sociais, como o Facebook, e documentos relacionados à claque Super Dragões.
No que diz respeito às armas apreendidas, Hugo Loureiro, um dos detidos, estava na posse de uma arma de fogo sem licença de porte, o que pode resultar em uma pena de prisão de 1 a 5 anos.
A Operação Pretoriano continua a desenrolar-se, com medidas de coação a serem aguardadas para os suspeitos, incluindo António Sá, outro detido nesta investigação.
Esta investigação levou à detenção de líderes da claque Super Dragões e funcionários do FC Porto, revelando uma possível ligação entre a venda de bilhetes e ganhos financeiros pessoais. O Ministério Público continua a investigar o caso, com o objetivo de apurar todas as responsabilidades e punir os envolvidos de acordo com a lei.