Após a derrota da sua equipa por 1-0 frente ao Gil Vicente, em jogo da 14ª jornada da I Liga, o presidente do Farense, João Rodrigues, não poupou críticas à arbitragem. Numa conferência de imprensa inédita, Rodrigues substituiu o treinador Tozé Marreco e deixou duras palavras sobre o que considera serem decisões «claramente prejudiciais» para o clube algarvio.
«Acumular de situações prejudiciais»
«Infelizmente temos tido um acumular, já de há bastante tempo, de situações que nos deixam muito incomodados, em que constantemente há decisões que não entendemos e que são claramente prejudiciais para o Farense», começou por referir o dirigente.
Golo anulado ao Farense
O foco de Rodrigues foi o golo anulado a Tomané, aos 87 minutos, num lance em que o árbitro auxiliar assinalou fora de jogo e o videoárbitro confirmou após análise de cinco minutos, indicando uma margem de apenas sete centímetros.
«Não entendemos como é que, com as linhas que estão colocadas, esse golo poderia ser anulado ao Farense. Sete centímetros num campo de mais de 100 metros é uma coisa impressionante», atirou o presidente, que considerou esta situação «o culminar de muitas outras» em que o Farense se sentiu «altamente prejudicado».
Apelo às entidades
Rodrigues recordou inclusive a última vez em que os algarvios foram despromovidos e um golo de Ryan Gauld lhes foi anulado, apelando agora a uma intervenção das entidades responsáveis.
«Estas situações têm que parar imediatamente! Não podem continuar a haver regras que não são consistentes. Apelo fortemente a todas as instituições que têm responsabilidade no futebol português, e para bem do futebol: estas situações têm que parar imediatamente!», vincou.
Apesar das críticas, o presidente do Farense garantiu que o clube tem «um excelente relacionamento com todas as instituições do futebol português» e que continuará a «falar constantemente e claramente» com elas, «com o civismo exigido».