Primeira vitória da época para os leões de Faro
No Estádio de São Luís, o Farense venceu o Estoril Praia pela margem mínima (1-0), com o golo a surgir ao cair do pano. Foi o primeiro triunfo dos leões de Faro nesta edição do campeonato.
Estreia de Tozé Marreco com sistema de três centrais
Ian Cathro optou por entrar em campo no habitual 4-3-3. No entanto, o treinador escocês contou com um reforço de peso. Jordan Holsgrove, depois de recuperar totalmente de um problema físico, foi escolha para o onze inicial, depois algumas aparições vindas do banco. Vinícius Zanocelo foi o elemento escolhido para atuar numa zona mais recuada do miolo.
No outro canto da sala, Tozé Marreco, na sua estreia no São Luís, preferiu um esquema com três centrais, com Lucas Áfrico, Artur Jorge e Raúl Silva a serem os responsáveis por tentar manter a baliza intacta. Já o trio Bermejo-Millán-Elves, marcado por velocidade e tecnicismo, ficaria com a missão de provocar sobressaltos ao experiente Joel Robles.
Farense desperdiça oportunidade clara no início do jogo
Apesar de ser domingo, dia, teoricamente, de descanso, os leões de faro entraram enérgicos. Movidos pelo apoio incessante da massa associativa, a turma da casa procurou chegar rapidamente à área contrária, através de um estilo de jogo vertical. Esta clara vontade em começar da melhor forma trouxe consigo uma enorme oportunidade...
Depois de uma pressão acentuada, Ângelo Neto, aos 9', serviu Cláudio Falcão, que, de primeira, viu o poste negar-lhe os eventuais festejos. Todavia, depois de uns minutinhos atribulados, os forasteiros foram abastecer a mota Fabrício Garcia. Era, sem dúvida, o veículo com mais cilindrada em todo o território algarvio, como foi possível perceber em cima do minuto 13.
Penálti desperdiçado pelo Estoril Praia
O extremo cabo-verdiano acelerou pela estrada nacional, a todo o gás, até que foi travado por um... carrinho. Artur Jorge, sem pernas para acompanhar a aceleração do colega de profissão, decidiu chocar com o adversário. O problema é que os danos deste acidente seriam mais graves para a seguradora do central. Todavia, Yanis Begraoui foi perdulário na marca dos onze metros, disparando em direção da barra.
Oportunidades falhadas nos dois lados
Antes do apito para o descanso, Elves Baldé também quis mostrar aos amigos que tinha um motor sofisticado. Como tal, ingressou vertiginosamente na área contrária, ultrapassando os obstáculos no seu caminho. Porém, na hora da finalização, o piloto foi ofuscado pelo brilho dos postes, tal como havia acontecido com os múltiplos protagonistas deste conto.
Ambos os conjuntos mostravam-se inconformados com o resultado, tentando chegar ao golo de todas as maneiras e feitios. O problema é que os inúmeros disparos estavam longe de ser encarados como chances flagrantes, face à grande desinspiração dos intervenientes no último terço. Neste domingo, Velho e Robles podiam ter ficado no conforto dos seus lares, já que os constantes bocejos surgiram fruto da escassez de trabalho entre os postes.
Raúl Silva decide o jogo no último minuto
Calma! O despertador de Velho começou a tocar aos 90'. O mais recente convocado por Roberto Martínez protagonizou uma defesa inacreditável a um cabeceamento preciso de Kévin Boma. Este momento do guardião galvanizou a sua equipa. Um golpe de teatro estava mesmo ao virar da esquina.
Na última jogada do duelo, na sequência de uma transição rápida, Jhon Velásquez serviu, de bandeja, Raúl Silva. O central acabou por ser o herói improvável, fazendo aquilo que mais ninguém conseguiu fazer ao longo de 90 minutos: colocar a bola no fundo das redes. A emoção estampada no rosto do atleta de 34 anos foi bastante notória! «O choro costuma ser associado à tristeza, mas estas lágrimas foram, sem dúvida, de felicidade», declarou Raúl Silva após o jogo.