Luís Cirilo Carvalho, candidato pela lista A às eleições do Vitória de Guimarães marcadas para 1 de março, revelou durante uma conferência de imprensa que existem "números preocupantes" na situação financeira do clube. O principal rosto da candidatura "Por um Vitória maior" alertou ainda para o "risco de venda da maioria do capital da SAD" do clube, atualmente detida em 67,87% pelo Vitória.
Risco de venda da SAD
Os associados não gostariam de ser confrontados com um 'encostar à parede'. Se continuarmos com estes dirigentes, corremos o risco de vender a maioria do capital da SAD a um investidor qualquer ou a SAD não tem viabilidade financeira. Se assim for, diremos adeus a 102 anos de Vitória como o conhecemos, afirmou Luís Cirilo Carvalho, prometendo realizar uma "auditoria a sério" caso seja eleito presidente.
O candidato criticou também a recente contratação do médio angolano Beni Mukendi, proveniente do Casa Pia, por 3 milhões de euros. Segundo Luís Cirilo, não é normal que o Vitória contraia empréstimos junto de sociedades que lhe vendem jogadores, referindo-se a um empréstimo de 11% de juros feito por uma sociedade ligada ao Casa Pia, cujo principal acionista é o norte-americano Robert Platek.
Promessas de campanha
Não é normal o Vitória pagar três milhões de euros para contratar um jogador de valor desconhecido, para uma posição que não necessita, frisou o candidato.
Além da auditoria financeira, a candidatura de Luís Cirilo Carvalho promete contratar um diretor desportivo familiarizado com a cultura do clube, conduzir a equipa B à II Liga, elevar a equipa feminina ao campeonato principal e ponderar o regresso da equipa sub-23. Está também previsto definir um local para a nova academia de futebol, iniciar diligências para a criação de um museu do clube, aumentar a cobertura das bancadas do Estádio D. Afonso Henriques e concluir as obras do miniestádio na academia existente.