Na sua estreia como treinador do Boavista, Stuart Baxter abordou os desafios cruciais que a equipa enfrenta nesta fase decisiva da temporada. O técnico escocês transmitiu confiança na atitude demonstrada pelos jogadores nos treinos, enquanto delineava a sua estratégia para afastar o clube da zona de despromoção.
Substituindo Lito Vidigal, Baxter assume a responsabilidade de resgatar o Boavista da última posição, com a firme intenção de incutir uma mentalidade vencedora e focada no presente.
Atitude e Confiança nos Treinos
Baxter expressou satisfação com o empenho dos jogadores nos treinos, afirmando: ““a equipa, no momento, quando vejo o treino, vejo a atitude deles, é muito boa. Estou muito satisfeito.””
Esta atitude positiva é vista como um alicerce fundamental para a reviravolta que o Boavista procura.
Reconhecendo a pressão da situação, Baxter procura aliviar o peso sobre os jogadores: ““Na situação em que nós estamos, é muito difícil para eles. Esse é o meu trabalho, tentar fazer com que eles joguem com menos medo, apesar de ser uma situação muito difícil. Mas os jogadores estão a trabalhar muito bem, estou muito satisfeito””
, assegurou.
A Grandeza do Boavista e o Foco no Presente
O treinador escocês não hesitou em enaltecer a importância histórica do clube: ““vejo o Boavista como um grande clube. Está a passar por tempos difíceis, e eu estava preparado para a oportunidade de trabalhar com um grande clube, e tentar fazer o meu melhor para salvá-lo do destino que não quer.””
Com uma abordagem pragmática, Baxter procura incutir um foco no imediato: ““Vou dizer aos jogadores 'Tirem todos os pensamentos da cabeça e concentrem-se apenas no agora, no próximo passe, no próximo golo, no próximo ataque.' Fiquem focados, trabalhem duro, e deixem-me assumir a responsabilidade com o resultado do jogo. Vamos para Faro e acreditamos. Será um jogo emocionante, tenho a certeza””
, declarou o técnico.
Pressão e a Busca pela Melhor Performance
Baxter abordou a pressão pessoal que sente em relação a este desafio: ““não quero descer de divisão. Não quero isso no meu currículo, especialmente agora.””
Acredita que a chave para evitar a despromoção reside na capacidade da equipa em replicar nos jogos o desempenho demonstrado nos treinos.
O treinador deixou ainda um aviso sobre a imprevisibilidade do jogo: ““A coisa mais importante do jogo é que a equipa possa reproduzir o seu melhor. Nós, na verdade, jogamos um desporto em que a bola pode bater no poste e entrar ou bater no poste e não entrar. Mas quanto mais nos preocuparmos sobre isso, menos chances temos de ganharmos o jogo.””
Olhando para o confronto com o Farense, um rival direto, Baxter mantém o otimismo: ““Estou otimista. Se os jogadores conseguirem reproduzir o que fazem nos treinos, então temos hipóteses.””