O desafio de salvar o Boavista
Filipe Miranda, de 45 anos, é candidato às eleições do Boavista FC e encabeça o projeto "Boavista, Num Xadrez de Novas Conquistas". Em entrevista aos estúdios do zerozero, o gestor financeiro explicou os principais motivos que o levaram a avançar com a candidatura.
«Foi um desafio que me fizeram e aceitei, porque não podia deixar para trás a situação que o Boavista atravessa. O meu amor ao clube tinha de falar mais alto e por isso aceitei o desafio», começou por dizer Filipe Miranda, que está ligado ao Boavista há 20 anos, primeiro como atleta e depois como diretor desportivo do futsal.
Resolver os problemas financeiros
Uma das grandes preocupações do candidato é a situação financeira do clube, com vários funcionários a acumularem meses de salários em atraso. «O que me pesa muito é ver os nossos funcionários com três e quatro meses de salários em atraso. Essa é que vai ser a minha maior batalha, tornar o Boavista FC credível. Primeiro com os nossos funcionários e depois para a sociedade», afirmou.
Filipe Miranda reconhece que a situação da equipa de futebol, atualmente no último lugar da Liga, também o preocupa, mas garante que o foco inicial será resolver os problemas do clube, para depois poder ajudar a Sociedade Anónima Desportiva (SAD).
Aproximar o clube dos boavisteiros
O candidato revelou que a SAD tem uma dívida de cerca de 144 mil euros para com o clube, algo que pretende resolver de forma faseada, para depois poder ajudar a SAD a encontrar soluções. «Garantindo a sustentabilidade do clube, iríamos falar com a SAD para encontrar um valor que fosse mais cómodo para a SAD, para ajudar a SAD. Eu acho que o clube e a SAD têm de estar de mãos dadas, para os dois atingirem os objetivos», afirmou.
Filipe Miranda tem várias ideias para o Boavista, como a reativação de um bingo na cidade do Porto, a construção de um novo pavilhão multiusos e a aposta na formação, com o objetivo de trazer o centro de treinos para o Estádio do Bessa. O candidato quer também que o Boavista volte a ser um clube "dos boavisteiros", revelando que gostava que o clube comprasse de volta os 67% das ações vendidas.
Sonhos de um clube dos boavisteiros
«Há sonhos. Eu gostava que o clube pudesse ser dos Boavisteiros e a SAD fosse dos boavisteiros. Nós não queríamos vender, mas estávamos num sufoco e não quero criticar. É lógico que gostava que o clube comprasse e os 67 por cento voltassem para os boavisteiros», concluiu Filipe Miranda.