O presidente do Boavista, Vítor Murta, foi castigado pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) com uma pena de suspensão por seis meses, por «comportamentos discriminatórios», anunciou, esta segunda-feira, o órgão disciplinar federativo.
Vítor Murta, que atualmente preside apenas ao clube axadrezado, foi punido com meio ano de castigo e 2.448 euros de multa na sequência de um processo disciplinar instaurado no ano passado, a 3 de outubro, numa altura em que ainda presidia aos destinos da SAD do Boavista.
O antigo presidente da SAD tinha renunciado ao cargo há pouco mais de dois meses, mas manteve-se em funções; não foi convidado a continuar por Gérard Lopez, proprietário da empresa que é acionista maioritária da sociedade boavisteira. Murta despediu-se esta quinta-feira dos funcionários do emblema axadrezado, sendo que a nova administração será conhecida aquando da Assembleia Geral da próxima terça-feira.
Em causa estão infrações ao artigo 137.º do Regulamento Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), que pune «os dirigentes que tenham comportamentos que atentem contra a dignidade humana, em função da raça, cor, língua, religião, origem étnica, género ou orientação sexual».
Vítor Murta anunciou que os salários em atraso, correspondentes a outubro e novembro, foram pagos esta sexta-feira.