O internacional norte-americano Reggie Cannon foi condenado pela FIFA a pagar quase 1,3 milhões de euros (ME) ao Boavista, após ter rescindido unilateralmente com o clube da I Liga portuguesa no final da temporada 2022/23.
Em comunicado, a que a Lusa teve acesso, o organismo regulador da modalidade explicou que o defesa, de 26 anos, não tinha justa causa para quebrar o contrato com as 'panteras', às quais estava ligado há três épocas, apesar de Cannon alegar ordenados em atraso.
Tribunal Arbitral do Desporto
Cannon, de 24 anos, tem 45 dias para pagar 1,3 ME ao Boavista, acrescidos de juros de 5%, mas o Queens Park Rangers, do escalão secundário inglês, no qual compete desde setembro de 2023, ficou "solidariamente responsável" pelo pagamento da indemnização.
O lateral direito e o clube londrino recorreram para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) dessa decisão tomada em primeira instância pela FIFA, que também obrigou o emblema do Bessa a pagar 78.000 euros líquidos como remuneração pendente, mais 5% de juros.
Contratação por 2,5 milhões de euros
Contratado ao FC Dallas, da Liga norte-americana (MLS), por quase 2,5 ME, Cannon fez 82 jogos pelo Boavista, de setembro de 2020 a junho de 2023, altura em que formalizou o pedido de rescisão unilateral, quando estava ligado por mais duas temporadas, até 2025.
«O Cannon vai ter de provar tudo o que disse em tribunal. Pelo facto de ter rescindido de forma unilateral, o clube que o vier a contratar também irá ser solidário com essa posição indevidamente assumida pelo jogador», frisou o então presidente da SAD do Boavista, Vítor Murta, em junho de 2023, em declarações à Lusa.