Eli Ohana, o primeiro israelita a jogar em Portugal

  1. Eli Ohana, hoje com 60 anos, foi o primeiro israelita a jogar em Portugal
  2. Estreou-se no Braga em 1990/91, fazendo 25 jogos a partir da 12ª jornada
  3. Marcou dois golos decisivos contra a Austrália no apuramento para o Mundial de 1990
  4. Despediu-se de Portugal com dois golos ao Boavista num 5-2

O pioneiro israelita no Futebol Português


Eli Ohana, hoje com 60 anos, foi o primeiro israelita a jogar em Portugal. Fê-lo no Braga, na temporada 1990/91, fazendo 25 jogos a partir da 12ª jornada. A sua estreia aconteceu numa receção ao Benfica, em novembro.

Figura popular no país, Ohana deixou marca como um dos mais predestinados jogadores de Israel, aproximando-se mais tarde de jogadores como Benayoun e Revivo. Esse talento foi vertido em 50 internacionalizações, golos decisivos e uma esperança que transportou pela presença no Mundial de 1990, só travada no play-off pela última vaga na prova, num duelo com a Colômbia.

O génio e caráter indomável


Ohana havia marcado dois golos decisivos em empates contra a Austrália, quando os israelitas mediam forças na região da Oceânia. «O golo em Sidney é recordado como obra majestosa, representativa do génio e do caráter indomável, pois o esquerdino fintou em slalon vários rivais e o guarda-redes, assinando momento extraordinário», recorda o ex-jogador. Nos festejos, «foi em direção do banco australiano e beijou a estrela de David em frente ao técnico, que havia, supostamente, feito comentários antissemitas na antevisão ao jogo».

A passagem pelo Braga


Craque israelita virou estrela europeia em 1988 como figura do Malines na conquista da Taça das Taças. Dois anos depois jogava em Braga e despedia-se com dois golos ao Boavista, num 5-2.

«Tenho grandes memórias da cidade, do clube, de Portugal. Foi tudo fantástico. Os adeptos também. E como comia bem! Não esqueço o ótimo clima», recorda Ohana, que admite que, «futebolisticamente, não me correu bem, o clube esperava mais, e eu também. De mim e do contexto».

Braga, um clube muito diferente


De facto, o Braga não era então o clube de topo que é hoje. «O Braga não tinha nada a ver com o que é hoje, um clube de topo, que luta com os tradicionais de Portugal pelo título, estando sempre no top-4», explica o israelita, que lembra que «só conseguimos a permanência nas últimas duas jornadas, eram tempos difíceis para o Braga, que andava mais na parte baixa da tabela».

Ohana recorda com carinho a vitória por 5-2 sobre o Boavista, no seu último jogo em Portugal, no qual marcou dois golos. «Ainda me recordo da vitória contra o Boavista por 5-2. Marquei dois golos e foi o meu último jogo em Portugal», relembra o ex-avançado, que cita alguns dos companheiros dessa época, como Carvalhal e Waltinho, ainda que não consiga colocar os nomes a todas as caras.

Apesar de não ter tido grande sucesso no Braga, Ohana guarda boas memórias da sua passagem pelo clube minhoto. «Vejo o Braga como um clube forte, poderoso, rico, com grandes plantéis e ótimas classificações, sempre nos palcos europeus. Não sigo, mas vou percebendo o seu sucesso», remata.

Pinto da Costa apresenta o seu livro «Azul até ao fim» na Alfândega do Porto

  1. Pinto da Costa chegou à Alfândega do Porto para apresentar o seu livro «Azul até ao fim»
  2. Pinto da Costa foi recebido com entusiasmo por muitos adeptos, incluindo antigos dirigentes e administradores do FC Porto
  3. Pinto da Costa afirmou estar emocionado com a calorosa receção
  4. Entre os presentes estavam vários ex-dirigentes e administradores do FC Porto