Segundo um comunicado da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), as equipas do Boavista, Leixões e Lank Vilaverdense não cumpriram a obrigação de apresentar a inexistência de dívidas salariais referentes aos meses de setembro, outubro e novembro. Esta situação levanta preocupações quanto ao impacto na vida pessoal e familiar dos jogadores, bem como à credibilidade das competições.
Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores, expressou a necessidade de um diálogo sério e responsável para resolver esta questão. Em declarações à agência Lusa, Evangelista destacou: «Os futebolistas têm dado respostas e estão disponíveis, mas é preciso haver diálogo sério e responsável. Quando os clubes não conseguirem efetuar isso, têm de ser as entidades competentes a exigirem que o façam.»
Evangelista salientou ainda a importância de acabar com os incumprimentos salariais no futebol profissional, afirmando: «Estamos a falar de uma condição básica para estar numa competição profissional. Nós fizemos um esforço enorme durante anos para acabar com os incumprimentos salariais. Estes clubes não podem vir a pôr em causa tudo o que foi feito. Não é aceitável para os futebolistas e para os trabalhadores, em primeiro lugar, nem para os demais adversários que estão em prova. É um tema urgente e sério. Há clubes historicamente associados a este problema, pelo que é preciso encontrar soluções imediatas para o caso.»
A LPFP informou que os clubes em questão têm um prazo adicional de 15 dias para regularizar a situação junto dos jogadores e treinadores. Caso não o façam, poderão enfrentar uma subtração de dois a cinco pontos nas competições em que participam.
Evangelista apelou aos clubes para fazerem um esforço, especialmente durante o período sensível do Natal, afirmando: «A Liga já tem conhecimento disso, nós estamos articulados, está a decorrer o controlo financeiro e é necessário que Boavista, Leixões e Lank Vilaverdense façam um esforço, principalmente neste período de Natal, que é muito sensível para as famílias.»