No dia anterior à segunda volta eleitoral do Benfica, Rui Costa expressou confiança na vitória, apesar das tensões que surgiram durante a campanha. “Fico satisfeito por, finalmente, tudo se decidir amanhã [sábado], para que o vencedor possa trabalhar e olhar para a época desportiva. As sondagens valem o que valem, na primeira volta indicavam outros resultados. Gostaria de apelar para batermos o recorde do Guiness. Estou convencido de que vai ser mais um dia à Benfica, com o mesmo respeito.” Este otimismo foi acompanhado por uma reflexão sobre a campanha e o debate que teve com João Noronha Lopes. Costa lamentou a tensão instalada: “Não foi um debate exemplar, lamento por isso. Todo este tempo de campanha, entrevistas e debates aumentaram a ansiedade e provocaram atrito, uma situação esclarecida após o debate. No final do dia, o Benfica tem de sair a ganhar.
Por outro lado, João Noronha Lopes, figura da oposição, também demonstrou otimismo na sua corrida presidencial, destacando a dinâmica entre os sócios. “As minhas sondagens estão nas manifestações de apoio que tenho recebido. Os sócios vão decidir em democracia. Há 50 mil sócios do Benfica que não se reveem nesta direção, que estão fartos de perder e que querem mudar.” Noronha Lopes enfatizou a necessidade de se aproximar dos apoiantes do clube: “Aquilo que trago é uma mudança com futuro, queremos um Benfica mais próximo dos sócios e mais vencedor. O Benfica não é só Lisboa e tenho sido muito bem recebido no Norte.”
As Metas de Noronha Lopes
No que toca aos objetivos em caso de vitória, Noronha Lopes estabeleceu uma meta clara: “Gostava que o Benfica ganhasse mais do que os adversários diretos em conjunto, o que significa ganhar três títulos em quatro anos.” Este compromisso é uma resposta direta à frustração de muitos sócios que, segundo ele, “estão fartos de perder” e desejam um clube mais competitivo. Ele também abordou a questão da liderança e a necessidade de um presidente forte: “Se os benfiquistas estão satisfeitos com este campeonato, com um Benfica que não realizou nenhuma infraestrutura, que está pior financeiramente e mais longe dos sócios, então não podem votar em João Noronha Lopes. Se querem mudar, com um projeto financeiro para resolver as contas, sem medo de defender o Benfica, nem perante Pedro Proença, nem perante os nossos adversários, então votem João Noronha Lopes.”
A Importância de Projetos Sólidos
Ambos os candidatos destacaram a importância de projetos sólidos para o futuro do clube. Rui Costa apelou ao ânimo da massa associativa e à história do clube, enquanto Noronha Lopes centrou a discussão na necessidade de mudança e inovação. Questionado sobre a intenção de incluir elementos de outras listas na direção, Costa respondeu simplesmente que, “Os novos estatutos assim ditaram, temos de aceitar.” Este aspecto mostra a flexibilidade que poderá ser necessária para a estabilidade do clube, independentemente do vencedor no próximo sábado.
Apelo à Participação dos Sócios
Com a segunda volta das eleições marcada para este sábado, ambos os candidatos apelam a uma maior participação dos sócios. O objetivo é atingir 100 mil votantes, um número que pode ser indicativo da vontade de mudança ou continuidade nas diretrizes do Benfica. O clima de incerteza e expectativa em torno das eleições promete marcar um novo capítulo na história do clube.