Na recente corrida eleitoral para a presidência do Sport Lisboa e Benfica, os candidatos João Noronha Lopes e Martim Mayer apresentaram visões contrastantes para o futuro do clube, abordando questões que variam desde a mudança de liderança até a implementação de inovação tecnológica.
João Noronha Lopes, em entrevista à Agência Lusa, enfatizou a necessidade de uma mudança clara na liderança do Benfica. Ele garantiu: “É isso que garanto aos benfiquistas. Uma mudança, mas é uma mudança que é feita não com pessoas que chegaram aqui de paraquedas, mas com pessoas que têm passado de benfiquista, têm o seu passado na gestão e é uma mudança que é feita com tranquilidade e sem sobressaltos.” Lopes criticou a atual liderança, afirmando que “aqui há claramente duas visões diferentes daquilo que é o Benfica. Os meus adversários são Luís Filipe Vieira e Rui Costa, que são os candidatos do passado. Luís Filipe Vieira passa o tempo a justificar-se daquilo que fez ou do que não fez quando estava no Benfica. Rui Costa passa o tempo a desculpar-se daquilo que não fez.” Esta afirmação ilustra um forte desejo de renovação por parte do candidato.
João Noronha Lopes e a Necessidade de Mudança
Num tom de firmeza, Noronha Lopes expressou que “os benfiquistas não querem continuar a falar do passado” e apresentou suas propostas voltadas para o futuro, focando na confiança e na gestão responsável. Ele assegurou que sua equipe está bem preparada: “Nós estamos a trabalhar há mais de um ano neste projeto. Todas as pessoas sabem exatamente aquilo que eu quero, todas as pessoas sabem exatamente aquilo que tenho que fazer e todos estamos alinhados naquilo que vamos fazer para o Benfica.”
Noronha Lopes também respondeu a ataques feitos por Rui Costa, afirmando: “Acho, infelizmente, acho que sim. E não é isso que os sócios do Benfica querem.” Ele caracterizou a conduta do presidente como alguém que “faz o balanço da época em que diz qualquer coisa como isto: 'Todos os benfiquistas sentem o mesmo, se é para perder é para perder assim'.” Esta afirmação provocou uma forte reação do candidato, que destacou a falta de ambição do presidente, dizendo que “o Rui Costa é o presidente do quase. Quase que fomos campeões. Quase que ganhámos a Taça de Portugal. Quase que temos contas boas. Quase que conseguimos defender o Benfica.”
Martim Mayer e a Inovação Tecnológica
Por outro lado, Martim Mayer trouxe uma abordagem inovadora, propondo a criação do “Benfica Innovation Lab”, um projeto que visa unir startups e universidades para desenvolver soluções desportivas. Mayer apresentou um plano que inclui a implementação de Inteligência Artificial em áreas como scouting, focando na “identificação precoce de talentos” e “modelos preditivos para evolução de atletas.”
Ele acrescentou que esta tecnologia poderá também ser utilizada na prevenção de lesões e personalização de treinos, transformando atletas em “Atletas Digitais”. A proposta de um assistente digital baseado em IA generativa tem como objetivo estabelecer um laço mais forte entre o clube e os seus sócios.
Visões Contrastantes para o Futuro do Benfica
Essas propostas de Lopes e Mayer revelam a diversidade de visões para o clube, com um claro apelo à mudança e inovação. Enquanto Noronha Lopes destaca a necessidade de um novo rumo para o Benfica, Mayer procura trazer tecnologia e modernização para os processos do clube.
A escolha entre essas abordagens poderá definir não apenas o futuro do Benfica, mas também o seu lugar no panorama do futebol português e internacional. O futuro dos encarnados está, sem dúvida, em jogo nas próximas eleições, onde cada voto se torna crucial para a direção que os sócios irão escolher.