Benfica exige suspensão de árbitros após polémica na final da Taça de Portugal

  1. O Benfica exige a suspensão imediata dos árbitros envolvidos no lance polémico.
  2. O Conselho de Disciplina da FPF condenou Matheus Reis a quatro jogos de suspensão.
  3. O VAR Tiago Martins detetou o pisão, mas recuou devido a interpretações confusas.
  4. Sérgio Jesus, o segundo AVAR, admitiu o seu erro por email.

O Benfica expressou a sua profunda indignação face à polémica que envolve a final da Taça de Portugal, exigindo medidas imediatas para lidar com as consequências da controversa atuação do VAR. A contestação surge após a divulgação do acórdão do Conselho de Disciplina da FPF relativamente ao lance entre Matheus Reis e Belotti, um momento que tem gerado intensos debates e questionamentos sobre a integridade da competição.

O clube da Luz não poupou nas críticas, manifestando o seu descontentamento em comunicado oficial e apelando a uma análise rigorosa dos eventos que marcaram a decisão da equipa de videoarbitragem. A exigência central do Benfica é a suspensão imediata de todos os árbitros envolvidos neste caso, sublinhando a necessidade de salvaguardar a credibilidade do futebol português.

Reação do Benfica

Em comunicado oficial, o Benfica expressou a sua indignação, afirmando: “O conteúdo da decisão confirma, de forma inequívoca, que os erros cometidos pelo VAR Tiago Martins e pelos AVAR Vasco Santos e Sérgio Jesus tiveram impacto direto no resultado da partida e colocaram em causa a integridade da competição.”

O clube encarnado foi contundente nas suas declarações: “Sem meias-palavras: esses erros privaram o Benfica de um título que era seu por mérito e desempenho estritamente desportivo. Estes factos não podem ser relativizados, ignorados ou branqueados.”

O Acórdão do Conselho de Disciplina

O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol revelou, no acórdão da condenação de Matheus Reis a uma suspensão de quatro jogos (mais um pelo cântico no final do jogo), a razão pela qual a equipa de vídeoarbitragem não sancionou disciplinarmente o jogador brasileiro, focando-se na divergência de opiniões na sala do VAR.

A gravação da comunicação na sala de videoarbitragem revelou que o VAR Tiago Martins detetou o pisão e considerou que havia lugar à expulsão, mas acabou por recuar após uma troca confusa de interpretações com os seus assistentes. A questão técnica central era se o jogo já tinha sido interrompido e reiniciado, ou não.

Confissões e Consequências

O segundo AVAR, Sérgio Jesus, admitiu o seu erro por email: “Considerei erradamente que se tratava de uma falta grosseira e, como o jogo já se tinha reiniciado, não se podia intervir. Esse erro pode ter influenciado a decisão final do VAR de não intervir.”

O próprio VAR confessou, noutro email, que a confusão gerada pelas diferentes interpretações dentro da equipa o levou a manter-se em silêncio, mesmo depois de concluir que o pisão de Matheus Reis justificava a expulsão: “Com as diversas interpretações da equipa VAR, gerou-se uma dúvida sobre se estávamos perante conduta violenta ou falta grosseira. Como o jogo já tinha recomeçado, e havia o risco de erro técnico, decidimos não intervir.”

O Conselho de Disciplina considera que não existiu uma decisão final da equipa de arbitragem, nem em campo nem na sala de VAR, e que por isso podia intervir e punir Matheus Reis com uma pesada sanção, como veio a acontecer.