Caso dos ‘vouchers’ envolvendo o Benfica é arquivado pelo DCIAP

  1. O DCIAP arquivou o processo dos ‘vouchers’ que envolvia a Benfica SAD
  2. Não foram encontrados indícios suficientes para sustentar acusações de corrupção
  3. As ofertas feitas pelo Benfica aos árbitros não foram consideradas como vantagens indevidas
  4. Todos os envolvidos no processo afirmaram que as ofertas eram cortesias e não influenciavam suas funções

O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) anunciou o arquivamento do processo dos ‘vouchers’ que envolvia a Benfica SAD. O caso teve início em 2015, quando Bruno de Carvalho, então presidente do Sporting, denunciou as ofertas feitas pelo Benfica aos elementos das equipas de arbitragem.

De acordo com o despacho do DCIAP, o arquivamento se deu devido ao princípio constitucional da legalidade, que estabelece a inexistência de crime ou pena sem lei. Além disso, o DCIAP não conseguiu reunir indícios suficientes para sustentar acusações de corrupção.

Em suas declarações, Bruno de Carvalho revelou ofertas do Benfica aos árbitros, que poderiam chegar a um valor total de 250 mil euros por época. Porém, o DCIAP determinou que não era possível imputar o crime de oferta ou recebimento indevido de vantagem no desporto, uma vez que não havia conhecimento prévio por parte dos árbitros sobre o valor das ofertas.

Todos os envolvidos no processo, incluindo dirigentes do Benfica, afirmaram que as ofertas eram consideradas cortesias e não tinham influência sobre suas funções.

Com o arquivamento do caso, a SAD do Benfica, assim como Rui Costa, Luís Filipe Vieira e outros antigos dirigentes, não enfrentarão acusações relacionadas aos ‘vouchers’.

Este desfecho marca o encerramento de uma longa investigação que envolveu uma das maiores rivalidades do futebol português. Embora o caso tenha gerado polémica e discussões acaloradas, o DCIAP concluiu que não havia elementos suficientes para sustentar as acusações de corrupção.

É importante ressaltar que a decisão do DCIAP não afeta as decisões anteriores tomadas em âmbito desportivo, como a rejeição do recurso apresentado pelo Sporting pelo Comité de Apelo da UEFA. Essas decisões foram mantidas e não foram contestadas no processo judicial.

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