O Sport Lisboa e Benfica emitiu um comunicado oficial anunciando a sua intenção de requerer a nulidade da venda das ações da sua SAD detidas pelo ex-presidente Luís Filipe Vieira. Estas ações foram vendidas em leilão por 7,07 euros. No entanto, o clube afirma que não foi notificado sobre o seu direito de preferência, um aspeto essencial na regulamentação deste tipo de transações.
O comunicado revela que o Benfica participou ativamente no leilão, apresentando uma oferta adequada
, mas ficou a saber que as ações foram vendidas a um outro licitante, cujos detalhes não foram divulgados. A falta de notificação quanto ao direito de preferência leva o clube a solicitar a nulidade da venda, uma decisão que poderá ter implicações significativas na sua estrutura acionária e financeira.
Valor da Venda e Implicações
O total da venda das 753.615 ações, que representam 3,28% do capital da Benfica SAD, ascende a cerca de 5,3 milhões de euros. Para contextualizar, estas ações estavam anteriormente cotadas na bolsa a 3,94 euros por unidade no final dos mercados na terça-feira, o que levanta questões sobre o valor final da transação e a sua adequação.
Este acontecimento representa mais um capítulo nas relações entre o Benfica e o seu ex-presidente, Luís Filipe Vieira, cujas ações foram penhoradas em 2021 devido a um processo executivo. O clube mostra-se determinado em proteger os seus direitos acionários, o que também coloca uma pressão adicional sobre a governança interna da SAD.
Questões Legais e Futuras Ações
A questão da notificação do direito de preferência é um aspeto legal que poderá ter repercussões tanto para o ex-presidente como para a estrutura da SAD. O desenrolar deste processo poderá influenciar futuras decisões e ações por parte do Benfica, na busca de resguardar os seus interesses e garantir a transparência nas transações acionárias.
À medida que esta situação se desenvolve, o Benfica deverá avaliar cuidadosamente as suas opções legais e estratégicas, uma vez que a resolução deste caso poderá ter um impacto significativo no futuro do clube e nas suas operações financeiras.