Michel Preud'homme: do Mundial '94 ao sucesso no Benfica

  1. Preud'homme foi duas vezes eleito o melhor jogador do campeonato belga
  2. Preud'homme conquistou duas competições europeias nos anos dourados do Malines (Mechelen)
  3. Preud'homme foi eleito o melhor guarda-redes do Mundial de 1994
  4. Preud'homme ficou no Benfica até aos 40 anos de idade

O desafio de Preud'homme em Portugal


Quando, em 1994, Michel Preud'homme decidiu sair da Bélgica após 17 épocas na primeira divisão, o seu nome já era muito respeitado. Tinha sido duas vezes eleito o melhor jogador do campeonato belga, havia conquistado duas competições europeias nos anos dourados do Malines (Mechelen) e era o dono da baliza da seleção belga, como herdeiro de Jean-Marie Pfaff. No entanto, com 35 anos, havia algum receio por parte dos adeptos do Benfica quanto à sua contratação.

O Benfica tinha acabado de ser campeão nacional e na retina ainda estava a incrível exibição de João Vieira Pinto em Alvalade, nos 3x6. Ainda assim, continuava a ser um clube em claras dificuldades financeiras, mesmo com a ida à Liga dos Campeões na época seguinte. Rui Costa, Schwarz, Yuran e Kulkov tinham saído, e Manuel Damásio procurava uma equipa competitiva para dar soluções ao novo treinador, Artur Jorge, que tinha a missão de dar nova dimensão europeia ao clube.

O Mundial '94 e a chegada a Lisboa


Só que, nessa altura, já Luciano D'Onofrio, reputado agente de jogadores da altura e representante do guarda-redes, tinha tudo acertado com os encarnados, com a concordância do jogador, entusiasmado pela escolha de um país como Portugal e de um clube histórico como o Benfica. Havia ainda, entretanto, um Mundial pelo meio. E melhor era difícil...

Nem essa eleição chegou. Os jornalistas e os adeptos olharam para a minha idade e não quiseram saber de mais nada. Todos diziam: o gajo era bom mas está velho. Só vinha para o Benfica preparar a reforma. Acho que em cinco temporadas provei precisamente o oposto. Deixei de jogar aos 40 e por mim continuava mais uns anitos (risos), contou, mais tarde, Preud'homme.

Preud'homme no Benfica


De facto, a passagem de Preud'homme pelo Benfica não foi isenta de dificuldades. Começou por perder a Supertaça para o FC Porto nos penáltis, esteve na campanha da Liga dos Campeões que levou as águias até aos quartos de final, mas a temporada acabou mal. Ainda assim, Mário Wilson haveria de reerguer a equipa, que acabou no segundo lugar e que ganhou a Taça no Jamor ao Sporting por 3x1. Nessa altura, já ninguém tinha dúvidas: não havia melhor do que Preud'homme. Nem mesmo os colegas. Nem mesmo... o grande concorrente, Neno.

Era um grande campeão. Tinha conquistado o título, eu cheguei e ele perdeu o lugar. Nem assim reagiu mal. Aceitou-me, tornou-se meu colega de quarto nos estágios e um amigo verdadeiro. Grande pessoa, um tipo excecional, elogiou Preud'homme.

A proposta do Real Madrid


Em 1996, Preud'homme, com 37 anos, recebeu uma tentadora proposta do Real Madrid, mas o Benfica não quis deixá-lo sair. Aos 37, é fabuloso! Tinha mais um ano de contrato com o Benfica, o Real tinha apalavrado dar-me três. Só que o Benfica disse-me: 'Nesta situação, se não conseguirmos trazer um grande nome, os sócios matam-nos'. Andaram a tentar o Chilavert, se ele viesse, eu ia para o Real, mas isso não aconteceu e acabaram por contratar o Bodo Illgner. Foram campeões e ganharam a Liga dos Campeões na época seguinte. Imaginem se eu tivesse ido..., lamentou o guarda-redes.

Ligação duradoura com o Benfica


Apesar de algumas dificuldades, a ligação de Preud'homme com o Benfica fortaleceu-se ao longo dos anos. A ligação foi-se desenvolvendo e tornou-se muito grande. Após três anos e meio, findo os quais se colocou a possibilidade de sair, eu optei por ficar. Tomei, aliás, a decisão de viver aqui, no vosso país. O Benfica é, sem dúvida, o maior dos três clubes que representei. Tem uma dimensão impressionante e mexe com as pessoas de uma forma que não acontece na Bélgica. Merecerá sempre a minha preferência, afirmou.

Quando acabou a carreira, após uma época em que disputou o lugar com Ovchinnikov, Preud'homme ficou ano e meio como dirigente e até foi ele um dos responsáveis pela escolha de José Mourinho. Saiu pouco depois, com a mudança de direção, e abraçou a carreira de treinador, também com grande sucesso.

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