Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores, informou o presidente eleito da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Pedro Proença, que não irá tomar posse como membro da direção da Federação. Esta decisão deve-se à eleição de Evangelista para a direção mundial da FIFPro, a maior organização global de defesa dos direitos dos futebolistas, em novembro de 2024.
Em reunião do 'board' da FIFPro, na terça-feira, ficou entendido que a eventual tomada de posse na FPF obrigaria Evangelista a renunciar imediatamente ao cargo na maior organização internacional de jogadores de futebol do mundo, o que significaria a perda dessa posição para Portugal. Assim, o dirigente considerou «'segurar' o lugar para o país, depois de ter "demorado anos a conquistar"», bem como o facto de Portugal ir receber o Congresso Mundial FIFPro.
Evangelista agradece compreensão de Proença
«Evangelista agradeceu a compreensão manifestada pelo presidente eleito da FPF, Pedro Proença, e reafirmou o seu compromisso em apoiar o programa de governo da Federação Portuguesa de Futebol para o próximo quadriénio.»
Nas eleições realizadas a 14 de fevereiro, Pedro Proença foi eleito para suceder a Fernando Gomes na presidência da FPF, no quadriénio 2024-2028. Proença recolheu 62 votos entre os 84 delegados que votaram, contra 21 de Nuno Lobo. O antigo secretário de Estado social-democrata Luís Álvaro Campos Ferreira vai liderar a Mesa da Assembleia Geral (MAG) da FPF.
Nova direção da FPF
Outros destaques da nova direção da FPF incluem a eleição de José Fontelas Gomes, presidente do Conselho de Arbitragem nos últimos dois mandatos, e a presença de ex-futebolistas como Toni, Domingos Paciência e Daniel Carriço. Fernando Gomes, de 72 anos, deixa a presidência da FPF após três mandatos desde a sua primeira eleição, em 2011.