Leandro Santos, de 19 anos, não irá esquecer tão cedo o dia 15 de fevereiro de 2025, quando teve a oportunidade de se estrear como titular da equipa principal do Benfica, num jogo da Liga NOS contra o Santa Clara. O jovem lateral-direito sabe bem como tudo começou, e o seu amigo de infância, Renato Carvalho, acompanhou-o desde os primeiros passos no futebol.
Leandro e Renato nasceram ambos em 2005 e partilharam o balneário no Fabril do Barreiro, na equipa de sub-11, ainda no futebol 7. Estiveram juntos durante quatro temporadas, até que Leandro Santos se mudou para o Benfica, pouco antes de completar 12 anos. Surpreendentemente, o agora lateral-direito da equipa principal começou a sua carreira na baliza.
Um início incomum na baliza
Ele era forte a guarda-redes e, quando passou da baliza para jogador de campo, a maioria dos nossos jogadores levou as mãos à cabeça e disse: 'O que estás a fazer? Tu és um guarda-redes muito forte, não deixes a baliza', recorda Renato Carvalho, também ele um defesa de 19 anos.
Apesar da surpresa, Leandro destacava-se na baliza. Ele safava-nos em muitos jogos e era muito importante na baliza. Mas, depois, foi para avançado e destacou-se numa ou duas épocas. Foi fazer treinos ao Benfica e acabou por lá ficar, revela o amigo.
Caminhos separados, amizade próxima
Os dois jovens seguiram caminhos diferentes no futebol, com Leandro a continuar no Benfica e Renato a jogar no Amora, no concelho do Seixal, onde o clube da Luz tem o seu centro de formação. No entanto, mantêm uma amizade próxima, quase como irmãos.
Uma estreia merecida
Renato Carvalho acompanhou de perto a evolução de Leandro Santos e não ficou surpreendido com a sua estreia na equipa principal. Fez a pré-época [com Roger Schmidt] e, sinceramente, fui apanhado de surpresa, pois foi um salto muito grande. Mas tenho a certeza de que foi merecido. O Leandro tem-se destacado na equipa B e era só mais um passo para chegar à equipa principal. Mais cedo ou mais tarde, iria acontecer, argumenta.
Renato Carvalho sempre acreditou no sucesso do amigo. Sabia que mais cedo ou mais tarde iria ter uma oportunidade. Sempre foi muito trabalhador, focado e resiliente. Houve algumas épocas nas quais nem era opção. Às vezes era a apenas a terceira opção do escalão, mas nunca baixou os braços, sempre foi à luta e teve agora o reconhecimento.