O Parlamento português prestou esta quarta-feira uma homenagem ao legado de Jorge Nuno Pinto da Costa, o histórico presidente do Futebol Clube do Porto que faleceu no passado dia 15 de fevereiro aos 87 anos.
Num voto de pesar apresentado pelo presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, Pinto da Costa foi recordado como uma «figura não isenta de polémicas», mas também como um «convicto e apaixonado portista» que deixou uma «marca indelével» no desporto nacional.
42 anos de presidência, 2.591 títulos
Durante os seus 42 anos à frente do clube, Pinto da Costa liderou o FC Porto a uma impressionante conquista de 2.591 títulos em 21 modalidades diferentes, incluindo 69 no futebol sénior masculino, dos quais 7 internacionais. Este feito transformou o clube do norte do país na equipa portuguesa com maior sucesso a nível europeu e mundial, de acordo com o presidente da Assembleia.
«O longo percurso de Pinto da Costa como dirigente desportivo coincidiu com um tempo de afirmação do Futebol Clube do Porto enquanto potência desportiva nacional e europeia», enalteceu Aguiar-Branco no voto de pesar aprovado por todas as bancadas parlamentares, com a exceção de uma abstenção do deputado Hugo Carneiro, do PSD.
Legado de uma gestão controversa
Pinto da Costa, que tinha sido diagnosticado com cancro da próstata em 2021, perdeu a presidência do FC Porto em 2023 para André Villas-Boas, após 42 anos ininterruptos no cargo. O seu legado, porém, ficará para sempre associado ao impressionante palmarés conquistado pelo clube do dragão durante a sua longa e controversa gestão.