Armando Sá, apelidado de «Comboio da Luz», construiu uma carreira de sucesso como jogador em alguns dos principais clubes do futebol português, antes de se iniciar como treinador-adjunto no Canadá. Ao longo desta jornada, o antigo defesa cruzou-se com diversas figuras marcantes do futebol nacional, que deixaram a sua marca no seu desenvolvimento como jogador.
Primeiros passos e liderança de Rui Vitória
Armando Sá iniciou a sua carreira no Belenenses, antes de passar por clubes como Vilafranquense, Rio Ave, Sp. Braga e Benfica. No Vilafranquense, encontrou o seu primeiro capitão, Rui Vitória, que já demonstrava traços de liderança e espírito de treinador. «Já existia aquele espírito de treinador, pela atitude e pela forma como se apresentava, era um líder nato. Os conselhos dele foram fundamentais», recorda o antigo lateral.
Mais tarde, no Rio Ave, Armando Sá trabalhou com Carlos Brito, que o ajudou a «chegar à Liga» e a «amadurecer» como profissional. «Foi um bom conselheiro, fez de mim homem e um profissional», elogia.
Desafios no Sp. Braga e capitão Artur Jorge
A passagem pelo Sp. Braga, comandado por Manuel Cajuda, ficou marcada por episódios menos positivos. «Chegava ao balneário e lançava insinuações – eu, como não sabia, não percebia. Quando me apercebi, fiquei magoado, até porque ele partia para cima de mim, era agressivo nos treinos. Dava vontade de ir embora», recorda Armando Sá, que apesar disso aprendeu «a competir» com o treinador.
No Sp. Braga, Armando Sá também partilhou o balneário com Artur Jorge, que não esperava que se viesse a tornar num treinador de sucesso. «Honestamente? Não. Foi meu capitão, transmitiu valores e sempre teve esta personalidade autoritária. Mas, destacava-se pela postura, mais do que pela liderança com o grupo.»