O Benfica enfrenta o Estrela da Amadora nesta quarta-feira, em jogo a contar para a Taça de Portugal, depois de uma semana turbulenta no clube. Em conferência de imprensa, o treinador Bruno Lage falou sobre o momento da equipa e as polémicas recentes.
Apelo à união com os adeptos
Lage começou por destacar que espera um jogo ao «melhor nível» da sua equipa, após a boa exibição frente à Juventus na Liga dos Campeões. O técnico reconheceu que o Estrela da Amadora é um «adversário difícil» que «joga em casa» e irá querer «dar outra imagem» após a goleada sofrida na Luz na última eliminatória da Taça.
Questionado sobre a imagem de proximidade com os adeptos que tem fomentado, Lage afirmou que «desde o primeiro dia disse que este ano seria difícil» e que «vai ser até ao fim». O treinador considera que tem havido um «aproveitamento claro para atacar a equipa» e que lhe cabe «blindar o balneário». Lage fez ainda um «apelo aos adeptos para eles blindarem o nosso estádio», considerando essa união entre jogadores e adeptos «muito importante».
Ajustes no plantel
Sobre a saída de Beste, Lage não quis adiantar nomes para a sua substituição, afirmando apenas que, «tal como o presidente disse, vamos fazer alguns ajustes no plantel» e que só falará «de situações concretas» quando houver novidades.
Questionado sobre as declarações do presidente Rui Costa, que falou em pessoas a querer desestabilizar o clube, Lage foi peremptório: «Nada temo. Próxima pergunta, se faz favor.» O treinador garantiu que o foco está apenas no jogo e que o presidente «está a trabalhar» nos ajustes necessários no plantel.
Críticas «mais que justas»
Lage reconheceu que as críticas à equipa são «mais que justas» e que a equipa precisa de «dar a melhor resposta a cada momento». Sobre a polémica dos áudios, o técnico afirmou que será o «mesmo Bruno Lage de sempre», muito consciente «daquilo que se está a passar» e a dar «uma resposta para defender o grupo de trabalho».
Questionado sobre se tem mais força após a vitória sobre a Juventus para resolver o que disse que tinha de ser resolvido no clube, Lage respondeu: «Sim, exatamente. É a força do treinador. O treinador do Benfica tem sempre de ter força. Qualquer treinador que esteve aqui precisou sempre de força. Sempre senti que tinha força. Estamos a resolver isso, estamos a trabalhar nesse sentido.»