Juventus e Benfica, duas das equipas mais tituladas da Europa, enfrentam-se esta quarta-feira no fecho da fase de grupos da Liga dos Campeões. Apesar de serem rivais históricos, os dois clubes têm uma figura em comum que os une: Giovanni Trapattoni.

O técnico italiano é uma lenda viva do futebol, tendo deixado a sua marca tanto em Turim como em Lisboa. Trapattoni é uma das figuras que mais uniu estes dois gigantes do futebol europeu.

A glória na Juventus

Na Juventus, Trapattoni foi o treinador com mais jogos disputados no banco de suplentes, conquistando 14 dos 72 títulos da «vecchia signora». Sob a sua orientação, a Juventus consolidou-se como uma das grandes potências do futebol europeu.

«Trapattoni foi fundamental para a conquista de muitos títulos da Juventus», afirma um adepto dos «bianconeri». «O seu trabalho e liderança foram cruciais para o sucesso da equipa naquele período.»

O despertar do Benfica

Mais tarde, Trapattoni veio para Portugal e teve o mérito de acordar um Benfica adormecido durante uma década. A temporada de 2004/05 ficou marcada pelo regresso do Benfica aos títulos, com Trapattoni a liderar a equipa.

«O ponto alto foi a conquista do campeonato nacional, selada com um empate (1-1) no Estádio do Bessa, diante do Boavista», recorda José Veiga, diretor desportivo do Benfica na época. «Simão Sabrosa adiantou as águias de grande penalidade, mas Éder Gaúcho empatou pouco depois. Apesar do empate ser suficiente, Trapattoni não escondeu a sua frustração, descarregando no acrílico do banco de suplentes.»

Pouco mais de uma hora depois, a euforia tomou conta do Benfica, com Trapattoni, o seu adjunto Álvaro Magalhães e o diretor desportivo José Veiga a protagonizarem um «abraço sentido». Este trio foi fundamental para devolver a glória ao clube da Luz e pôr fim a uma década sem títulos.