Benfica avança diretamente para julgamento no "caso dos e-mails"

  1. O Benfica prescindiu da fase facultativa de instrução no "caso dos e-mails"
  2. O clube quer acelerar o processo e avançar diretamente para julgamento
  3. O Benfica acredita que será provada a "falta de fundamento da acusação" do Ministério Público

Clube encarnado prescindiu da fase facultativa de instrução

O Benfica anunciou esta sexta-feira que vai prescindir da fase facultativa de instrução no "caso dos e-mails", de forma a acelerar o processo e avançar, desde já, para a fase de julgamento.

"Depois de analisada a acusação constante do processo n.º 5340/17.7T9LSB e ouvidos os seus Defensores, o Sport Lisboa e Benfica informa que foi decidido não requerer a fase facultativa de instrução, preferindo-se a ida direta a julgamento", refere o clube em comunicado.

Motivos da decisão

O clube não quer ver o caso arrastar-se no tempo e prefere uma decisão rápida. "Foram dois os motivos que pesaram nesta decisão: por um lado, as limitações probatórias inerentes à fase de instrução; por outro, o arrastamento temporal que a realização da fase de instrução iria provocar no processo, com os inerentes prejuízos à imagem e credibilidade do Clube", explica ainda o clube.

No julgamento, o Benfica pretende "fazer prova plena da falta de fundamento da acusação deduzida pelo Ministério Público e pugnar-se pela respetiva absolvição".

Processo "Caso dos e-mails"

Recorde-se que este caso arranca com a divulgação dos emails em 2017, quando elementos ligados à estrutura do FC Porto revelaram num programa do Porto Canal correio eletrónico privado do Benfica. Daí resultaram vários processos e o Ministério Público decidiu acusar a Benfica SAD, Luís Filipe Vieira, antigo presidente do clube, e Paulo Gonçalves, ex-assessor jurídico da SAD encarnada, de, entre outras coisas, terem simulado a compra e venda de jogadores, lesado o Benfica e subvertido a verdade desportiva. Em causa estavam crimes de corrupção, participação económica em negócio e fraude fiscal.

Rui Costa, presidente do Benfica, assim como os antigos administradores José Eduardo Moniz e Nuno Gaioso foram ilibados.