O Benfica está confrontado com uma situação potencialmente muito perigosa, suscetível de condicionar o seu futuro próximo. Aos sócios encarnados, sobretudo aos que fazem parte dos Órgãos Sociais e àqueles que são 'militantes com agenda' nas Assembleias Gerais (AG), deve ser colocada a questão que John F. Kennedy colocou aos norte-americanos, no discurso de posse como 35.º Presidente dos Estados Unidos, a 20 de janeiro de 1961: «Não perguntem o que o vosso País [clube] pode fazer por vocês, perguntem o que podem vocês fazer pelo vosso País [clube].»
Sem este espírito, sem que uns não aceitem críticas, invertam alguns processos e saibam renovar-se; e os outros, de olhos postos no acesso ao poder tão cedo quanto possível, apostarem numa ação de minagem permanente, crítica constante e política de terra queimada, talvez até se encontre um vencedor conjuntural, e um dos lados faça chegar a água ao seu moinho; mas haverá, de certeza, um derrotado estrutural, o Benfica.
## Questionando a representatividade da Assembleia Geral
Não parece sensato, segundo o autor, que uma AG com apenas 1129 sócios presentes, de um clube com cerca de 300 mil associados e 115.681 com capacidade eleitoral em 2021, determine o futuro do clube. Trata-se de uma «fórmula arcaica, ofensiva, até, da dimensão nacional e expansão internacional do Benfica».
Aos que estão no poder, os benfiquistas devem exigir autocrítica e acertos na rota; aos da oposição, sem abdicar do direito ao escrutínio e à crítica, devem exigir responsabilidade. Entretanto, o desempenho da equipa de futebol tem sido a principal "boia de salvação" para o presidente Rui Costa, com as entradas de Nuno Catarino e Stock da Cunha na SAD a serem vistos como reforços de peso.
## Questionando a oposição
O autor questiona se fará parte do "roteiro da oposição a Rui Costa" criar condições para serem já os seus membros a preparar a época de 2025/26, deixando uma pergunta no ar: "Nestas alturas gostava de ter uma Bola de Cristal...".