Luís Mendes critica fortemente a liderança de Rui Costa no Benfica

  1. Luís Mendes foi vice-presidente do Benfica até junho passado
  2. Mendes criticou duramente a liderança de Rui Costa no clube
  3. Mendes considerou que a tendência é para que o Benfica regresse ao 'tempo dos dinossauros'
  4. Mendes acredita que Rui Costa perderia hoje as eleições contra qualquer opositor

Luís Mendes, que foi vice-presidente do Benfica até se demitir em junho passado, criticou duramente a liderança de Rui Costa no clube. Em entrevista ao jornal Record, Mendes explicou os motivos que o levaram a deixar o clube encarnado.

Desacordo com o modelo de governação


Estava em desacordo com o modelo de governance que estava a ser seguido. Uma organização que está a ser liderada por dirigentes, penso que vai conduzir, necessariamente, à existência de quintinhas, vai começar a seguir interesses particulares, interesses políticos e, provavelmente, vai começar a quebrar-se o elo entre os diversos departamentos, começou por explicar Luís Mendes.


O ex-dirigente, que foi também administrador-executivo da SAD dos encarnados, considerou que a tendência é para que o Benfica regresse ao tempo dos dinossauros. É ter a mandar aqueles que vão ao clube das 17 às 18 horas. No Benfica exige-se uma gestão profissional, apontou, referindo também que bateu com a porta por estar muito em desacordo com o rumo económico e a política desportiva do clube.

Críticas a Rui Costa e sua equipa


Quanto a Rui Costa, o ex-dirigente foi categórico: Neste momento não o considero um bom presidente para o Benfica. Tem vindo a demonstrar uma incapacidade muito grande de decisão e isso, como se sabe, é fatal. Mendes acredita que Rui Costa perderia hoje as eleições contra qualquer opositor. Acho que se fosse hoje a eleições, perderia para qualquer candidato.


O ex-dirigente apontou ainda o dedo a duas pessoas próximas de Rui Costa: Nuno Costa, chefe de gabinete do presidente, e Jaime Antunes, vice-presidente do Benfica e membro do Conselho de Administração da SAD. Acusou o segundo de ser alguém fortemente destrutivo e o primeiro de condicionar as tomadas de decisão de Rui Costa e, por vezes, chegar mesmo a substituí-lo.