Nascido no Barreiro e formado na CUF, Mário João começou a jogar futebol com idade juvenil e rapidamente se destacou na equipa. Em 1954, a CUF subiu à 1ª divisão dos seniores e chegou à final do campeonato nacional de juniores, onde Mário João jogou as três finais consecutivas. No entanto, foi no Benfica que ele realmente brilhou.
Após ser observado por Otto Glória, o lendário treinador do Benfica, Mário João ingressou no clube em 1955. No entanto, devido ao serviço militar, ele não pôde jogar pelo Benfica durante duas épocas. Apesar desse contratempo, ele lutou para recuperar a sua posição na equipa e teve a oportunidade de jogar na final da Taça/Liga dos Campeões contra o Barcelona em 1961.
A final era contra o Barcelona, considerado o favorito, mas o Benfica surpreendeu ao vencer por 3 a 2. Mário João desempenhou um papel crucial na defesa do Benfica, inclusive salvando um golo na linha. Ele também marcou o jogador Czibor e conseguiu antecipar as suas jogadas com base nas informações dadas por um jornalista antes do jogo.
Mário João descreveu a pressão constante do Barcelona nos últimos 15 minutos do jogo e a grande alegria que sentiu quando o árbitro apitou para o final. Segundo ele, essa conquista mudou a perceção do futebol português no estrangeiro e trouxe reconhecimento para Portugal.
Agora, aos 88 anos, Mário João ainda está em boa forma e mantém-se ativo com exercícios diários e idas frequentes à praia. Ele é um verdadeiro exemplo de dedicação ao desporto e um ícone do futebol português.