O Benfica anunciou que a transferência do médio João Neves para o Paris Saint-Germain está "praticamente concluída", apesar de o contrato ainda não ter sido assinado por todas as partes envolvidas. O negócio, que deverá render 70 milhões de euros aos cofres do clube da Luz, é descrito pelo presidente Rui Costa como "difícil de abdicar".
A Sport Lisboa e Benfica - Futebol SAD (a "Sociedade") informou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que «a formalização do processo relativo à transferência do jogador João Neves para o PSG se encontra praticamente concluída, não tendo, porém, até à presente data, o respetivo contrato sido assinado por todos os contraentes. A Sociedade complementará esta informação nos termos e para os efeitos legalmente aplicáveis logo que tal se justifique».
Valor da transferência
O negócio deverá render 70 milhões de euros ao Benfica, sendo 60 milhões de euros fixos e mais 10 milhões em objetivos. Segundo o presidente Rui Costa, esta verba elevada é "difícil de abdicar" pelo clube.
«A concretizar-se a saída do João, que está praticamente feita, mas ainda há coisas burocráticas a serem resolvidas, compreendo as críticas porque a amargura deles é a mesma que a minha. A saída do João não agrada a nenhum sócio. Eu, como sócio e presidente, agrada-me ainda menos», admitiu Rui Costa na passada sexta-feira.
Empréstimo de Renato Sanches
O negócio envolve ainda o empréstimo do médio Renato Sanches do PSG para o Benfica, com uma opção de compra de 10 milhões de euros. Os encarnados terão de pagar 1/5 do salário do jogador se este fizer, pelo menos, 60% dos jogos ao longo da época e ainda uma taxa se for campeão nacional.
João Neves, que se formou no Seixal, viajou na última quinta-feira para Paris, tendo regressado a Portugal, e deverá viajar novamente para França nos próximos dias para ser apresentado e iniciar os trabalhos com o novo clube, sob o comando do treinador espanhol Luis Enrique.
Reforços para o Benfica
Apesar da saída de João Neves, o Benfica já tem em vista a contratação de um lateral-direito como prioridade, seguida da contratação de um avançado. O jovem médio argentino Benjamín Rollheiser deverá ser a solução imediata para suprir a saída do internacional português.
«A concretizar-se a saída do João, que está praticamente feita, mas ainda há coisas burocráticas a serem resolvidas, compreendo as críticas porque a amargura deles é a mesma que a minha. A saída do João não agrada a nenhum sócio. Eu, como sócio e presidente, agrada-me ainda menos», admitiu Rui Costa.