Críticas dos adeptos ao negócio
Perante a onda de críticas pela venda do jovem João Neves ao Paris Saint-Germain, o presidente do Benfica, Rui Costa, foi forçado a prestar explicações públicas sobre o negócio. O valor do negócio, de €60 milhões mais €10 milhões em variáveis, ficou muito aquém da cláusula de rescisão de €120 milhões do jogador, o que gerou descontentamento entre os adeptos encarnados.
«60 milhões de euros, mais 10 milhões de euros em variáveis por objetivos — ainda que possam ser facilmente alcançáveis, como o número de jogos utilizados ou golos marcados —, não é o mesmo que 70 milhões de euros à cabeça ou 120 milhões», explicou Rui Costa aos jornalistas.
Habituados a ver as joias da formação do Seixal serem vendidas por valores milionários, os benfiquistas consideraram este um «mau negócio», face ao potencial e importância de João Neves na equipa.
Necessidade de dinheiro e salário exigido pelo jogador
Rui Costa admitiu que o Benfica não tinha condições para pagar o salário de €5 milhões líquidos por época que o jogador exigia. Além disso, o clube precisa de dinheiro para fazer face às despesas. No entanto, o presidente encarnado reconheceu que o negócio foi vantajoso para o PSG: «o Paris Saint-Germain, no meio disto tudo, é que fez um excelente negócio».
Nos últimos cinco anos, o Benfica já encaixou cerca de €470 milhões com a venda de jogadores como João Félix, Rúben Dias, Darwin Núñez, Enzo Fernandez e Gonçalo Ramos. Neste contexto, a saída de João Neves por metade do valor da cláusula de rescisão foi vista como uma «pechincha» para o PSG.