Contestação dos sócios à direção de Rui Costa
O antigo ministro da Cultura Pedro Adão e Silva declarou este sábado que «o Benfica precisa de estabilidade», à saída da Assembleia Geral realizada pelo clube encarnado, juntando-se assim à contestação de alguns associados à direção liderada por Rui Costa.
Na saída da Assembleia Geral Ordinária, que foi realizada no Estádio da Luz devido à grande afluência de pessoas, Pedro Adão e Silva considerou serem de «importante reflexão» as «várias intervenções críticas» relativamente ao trabalho da direção benfiquista, bem como os assobios e pedidos de demissão a Rui Costa e restantes corpos sociais ouvidos do lado de fora do estádio.
Apelo à «estabilidade institucional»
«O que posso dar de testemunho público é que o Benfica precisa de estabilidade institucional e isso é que é fundamental e necessário», afirmou o sócio e antigo ministro. Adão e Silva considerou que «nem uma» intervenção durante a AG defendeu a direção e o presidente do Benfica, o que, na sua opinião, «implica uma reflexão de Rui Costa», que tem ainda um ano e meio de mandato pela frente.
O antigo governante considerou que a presença massiva de adeptos na reunião magna do clube constitui um exemplo de «grande benfiquismo». Adão e Silva defendeu que o Benfica precisa de «ambição desportiva, competência na gestão e democracia interna», considerando que «o dia de hoje foi um exemplo de democracia interna» com a anunciada revisão dos estatutos.
Orçamento para 2024/25 aprovado com contestação
A Assembleia Geral do Benfica ficou ainda marcada pela aprovação do orçamento para a temporada 2024/25, que teve 47,7% de votos a favor e 43,2% contra, com 9,19% de abstenções.
O presidente Rui Costa criticou a saída do antigo administrador Luís Mendes, responsável pela área financeira, dizendo que este «deveria estar aqui a dar a cara» e questionando quantas vezes Mendes esteve no pavilhão do clube no início do seu mandato.
Rui Costa promete agir perante auditoria
Rui Costa garantiu que «não há desunião na direção» do Benfica e prometeu agir caso a auditoria forense, que revelou comissões acima do recomendado pela FIFA em 76% das transferências de jogadores, encontre fundamento para tal.
O presidente benfiquista também abordou o mercado de transferências, garantindo que o clube tudo fez para «ficar com o Grimaldo e com o Rafa» e assumindo a «responsabilidade de uma aquisição falhada» como a de Jurásek.