Beatriz Cameirão: «A maternidade no desporto feminino deve ser normalizada»

  1. Beatriz Cameirão é jogadora do Damaiense
  2. Beatriz e sua companheira Carolina decidiram ter filhos
  3. Beatriz e Carolina tiveram gémeos, António e Frederico
  4. Beatriz defende a normalização da maternidade no desporto feminino

O sonho de jogar futebol


Beatriz Cameirão cresceu rodeada de futebol, uma paixão que lhe foi transmitida desde cedo pela família. «Cresci numa família de futebolistas, todos os irmãos do meu pai eram futebolistas e quando era pequena ainda o meu pai jogava futebol. Depois também tenho um irmão mais velho que sempre jogou. Ou seja: toda a minha infância foi rodeada de futebol e de pessoas a jogar futebol, então automaticamente criei o bichinho e a paixão pelo desporto.»


Aos 17 anos, Beatriz recebeu um convite do Benfica para se juntar à formação do clube em Lisboa, dando início à sua carreira profissional. «Vim ainda para a formação do Benfica, mas no segundo ano subi para a equipa principal. Desde então estou nesta indústria. É uma coisa natural e depois, com o tempo, vamo-nos habituando a este meio, a este contexto, a tudo que envolve.»

Ser considerada a melhor jogadora do mês


Beatriz Cameirão foi considerada a melhor jogadora do mês, em fevereiro e março, um feito que a deixou muito orgulhosa. «Foi um motivo de orgulho, acima de tudo porque foi um mês particularmente especial para mim, foi em fevereiro que nasceram os meus filhos, os gémeos, havia muito ruído à volta da situação e por isso foi muito importante receber estes dois prémios. Foi uma valorização do meu trabalho e não só, do trabalho de toda a equipa, porque sozinha era impossível.»

Desafios de ser mulher no desporto


Questionada sobre se o facto de ser mulher tornou a sua carreira mais difícil, Beatriz reconhece que «ser mulher no desporto é sempre mais complicado. Não diria que torna as coisas mais difíceis, mas as regalias das mulheres não são as mesmas dos homens e se calhar não têm de ser. O desporto feminino é diferente do desporto masculino e por isso não podemos exigir as mesmas coisas.»


A atleta acredita que o futebol feminino tem um «brilho diferente» e defende que não deve ser comparado com o masculino. «Eu acho que o futebol feminino, na minha opinião, acaba por ser apelativo. Uma coisa que a mim me incomoda e chateia é as pessoas quererem comparar o futebol feminino com o masculino. O futebol feminino é um futebol bonito, porque tecnicamente e taticamente nós somos iguais aos homens. Não podem é exigir a mesma velocidade, a mesma capacidade física, isso não se pode exigir porque são géneros diferentes e nunca vamos estar no mesmo patamar.»

Maternidade no desporto feminino


Beatriz Cameirão e a sua companheira Carolina decidiram dar o passo em frente e tornarem-se mães. A jogadora do Damaiense explicou que a gravidez foi «muito conversada e muito planeada» entre as duas. «Queríamos muito ser mães, foi um desejo das duas, e por isso avançámos com tudo aquilo que é preciso fazer. Somos duas mulheres e, portanto, é necessária uma intervenção diferente.»


Beatriz sentiu a necessidade de partilhar a notícia da gravidez da Carolina no Instagram, para «mostrar às pessoas que é natural, que é normal, que pode acontecer». A atleta acredita que é importante abrir as mentes das pessoas, especialmente no contexto do desporto feminino. «Somos duas mães, podiam ser dois pais, podiam ser pai e mãe, é natural, é uma coisa que vai ter que ser natural e banal para as pessoas.»


A jogadora enfatiza que não precisava da aprovação das pessoas para tomar esta decisão. «Não, não era necessária a aprovação das pessoas porque somos nós, acima de tudo, que decidimos o que queremos fazer da nossa vida e não dependemos da opinião dos outros para tomar qualquer decisão.»

Desafios da gravidez


O processo de gravidez não foi isento de desafios, com Beatriz a revelar que «o mais difícil foi mesmo receber, na primeira ecografia, a notícia de que eram gémeos. Foi um choque inicial, acho que para toda a gente que vai ter gémeos existe esse choque inicial, mas depois, naturalmente, as coisas conseguem-se.»

Mensagem de encorajamento


Aos que ainda não conseguiram realizar o seu sonho de maternidade, Beatriz deixa uma mensagem de encorajamento: «Às que conseguiram dar uma força, porque nem todas as pessoas são iguais e há pessoas que, infelizmente, ainda têm o preconceito de vou fazer isto, não sei se vai ser aceite, lá está aquilo que tu estavas a falar, não sei se vai ser aceite, se calhar preciso da aprovação de uma amiga ou de um amigo, ou aquele vai-me julgar. Acho que o importante é dar o passo em frente e arriscar. A vida é nossa, a vida é só uma, por isso, se aquilo que vos faz feliz e aquilo que querem fazer é serem mães ou serem pais, façam-no porque é bonito, é uma aventura bonita.»

Conhecendo-se no Benfica


Beatriz Cameirão e a sua companheira Carolina escolheram os nomes António e Frederico para os seus gémeos, após uma longa lista de opções. As duas conheceram-se no Benfica, onde Carolina estava a estagiar e Beatriz era jogadora. «Ela estava a estagiar no Benfica, eu era jogadora e acabámos por nos conhecer no clube e foi logo... Amor à primeira vista não diria, não foi amor à primeira vista, mas falámos muito uma com a outra e acabámos por nos apaixonar e criar esta conexão bonita.»


Apesar de ter saído do Benfica em junho de 2022, Beatriz garante que não existe qualquer mágoa com o clube. «Não existe mágoa nenhuma com o clube, pelo contrário. Estou muito grata ao Benfica, gostei muito de lá estar. Mas saí não pela situação académica, já estava resolvida na altura, já tinha acabado a licenciatura. Saí porque tive que sair e tinha de ser e agora estou feliz, é o que interessa.»

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