A Liga Portugal realizou uma Assembleia Geral Extraordinária nesta terça-feira e aprovou várias medidas importantes, incluindo o agravamento das penalizações para clubes com salários em atraso. Segundo a Liga, por unanimidade, foi decidido aumentar a penalização para as Sociedades Desportivas que falhem os controlos salariais ao longo da época desportiva, passando a ser de subtração entre cinco e oito pontos, em comparação com a penalização anterior de dois a cinco pontos. Além disso, foram reforçadas as sanções no caso de incumprimento de obrigações societárias e tributárias, visando uma gestão transparente das Sociedades Desportivas.
No Benfica, surgiram polémicas em torno dos investimentos realizados pela SAD encarnada no plantel. Com um forte investimento feito no plantel durante a presidência de Rui Costa e a chegada de Jorge Jesus, surgiram críticas sobre o uso do dinheiro do clube. «Mauro Xavier», conhecido adepto encarnado, defendeu que todo o dinheiro investido pelo Benfica foi proveniente do clube, sem apoio do Estado português ou perdões. Xavier destacou a gestão controlada das contas do Benfica, mencionando que o clube não aumentou o passivo e que as receitas obtidas com vendas de jogadores e participações em competições foram consideráveis.
"Todo dinheiro do Benfica, nenhum do Estado português ou dos contribuintes portugueses para se reforçar com jogadores ou perdões," afirmou Mauro Xavier, ressaltando a transparência nas finanças do clube. Contudo, Xavier também expressou preocupações em relação ao desempenho da equipa e à necessidade de reflexão sobre o rumo do clube, especialmente no contexto de críticas ao treinador Roger Schmidt.
No FC Porto: questões financeiras, estratégias e obras
No FC Porto, as atenções voltaram-se para questões financeiras e declarações de «André Villas-Boas» sobre o financiamento do clube. «João Rafael Koehler», candidato a vice-presidente do FC Porto, questionou publicamente o contrato de refinanciamento da dívida do clube com entidades financeiras internacionais, desafiando Villas-Boas a mostrar o contrato com a Goldman Sachs ou JP Morgan a taxas de cerca de 5%. Villas-Boas, em resposta, mencionou a importância da reestruturação da dívida do clube e destacou a necessidade de baixar as taxas de juro, ressaltando a reputação das instituições financeiras envolvidas.
"O FC Porto, em empréstimos bancários e obrigacionistas, normalmente tem uma taxa média de 6.46%, sobre 100 milhões de euros, de 310 milhões de euros de dívida financeira. A nossa questão é, nesses outros 210 milhões de euros, provavelmente a taxa de juro é bem superior a 8%," afirmou Villas-Boas, apontando para a necessidade de renegociação da dívida do clube. As declarações de Villas-Boas geraram discussões sobre a gestão financeira do FC Porto e as estratégias de refinanciamento adotadas.
Pinto da Costa satisfeito com início das obras da Academia do FC Porto
Além das questões financeiras, «Pinto da Costa», presidente do FC Porto, expressou a sua satisfação com o início das obras da Academia do clube na Maia. Considerando a formação como um pilar fundamental do clube, Pinto da Costa destacou a importância da nova Academia para o desenvolvimento de jovens talentos. "Era a obra mais necessária neste momento, porque a formação tem tido sucesso, como se viu ainda recentemente, embora não tenhamos ganho o torneio na Suíça, mas temos jogadores formados no FC Porto a jogar na equipa A," afirmou Pinto da Costa, enfatizando a relevância da estrutura para o futuro do clube.
Decisões da Assembleia Geral da Liga Portugal e desafios nos clubes
Em resumo, as recentes decisões tomadas na Assembleia Geral da Liga Portugal, juntamente com as polémicas no Benfica e FC Porto, refletem a intensidade e complexidade do cenário futebolístico português, onde questões financeiras, desempenho desportivo e gestão estratégica estão em destaque.