Decisão Crucial para Rui Costa: Schmidt Deve Continuar ou Não?

  1. Decisão mais difícil de Rui Costa
  2. Importância de uma decisão acertada
  3. Desafios táticos e de estratégia para o futuro

A eliminação na Liga Europa não altera o essencial e há várias questões por responder antes de se partir para a maior e mais difícil decisão de Rui Costa: o alemão fica ou não? Schmidt, já se escreveu, é a maior decisão de Rui Costa. Acrescento: é a mais difícil, por tudo que implica, desde logo a pressão dos adeptos. O presidente é um deles, a sua política tem sido virada mais para fora do que para dentro e não lhe passa pela cabeça ter a multidão contra si, bem pelo contrário. O técnico esteve demasiadas vezes sozinho, ainda mais quando lhe atiraram objetos das bancadas, deu a entender que podia sair e as suas palavras ecoaram, sem reação, pelos paredes nuas da Luz.

Apesar de ser a mais difícil, o mais importante é que seja a mais acertada. Haverá antes várias perguntas a responder. Um campeonato e uma supertaça em duas épocas chegam para garantir a continuidade? A ideia de jogo ofensivo, pressionante e moderno é circunstancial ou se pretende que se torne ADN? Há algum nome emergente para a rendição de Schmidt e que possa garantir melhorias? Se existir, serão necessários mais do simples ajustes no plantel para a implementação de um novo modelo? E ainda: está totalmente fora de questão que a resposta a Schmidt seja o próprio Schmidt?

Contratações e Desempenho de Jogadores

Na época passada, os encarnados contrataram Enzo, que não só se tornou a chave-mestra para todas as outras fechaduras como, potenciado pelo Mundial, uma das maiores transferências do clube. E ainda Aursnes, Bah, Musa, Neres, João Victor, Brooks, Ristic e Draxler. O norueguês assumiu dimensão maior que o esperado, o dinamarquês acrescentou verticalidade e capacidade de pressionar, o sérvio passou a integrar um último fôlego que garantia golos e o brasileiro deu o condimento criativo e de irreverência. Os centrais foram respetivamente erro de casting e contratação de emergência, e o sérvio, um acordo antigo, tinha Grimaldo à frente. Já o ex-PSG nunca seria de deitar fora se estivesse bem fisicamente. A maior parte das contratações enquadrava-se no modelo vertical, de pressão asfixiante de Schmidt.

Ao mesmo tempo, este nunca perdeu a noção da importância do Seixal. Se António Silva hoje parece grande central foi o alemão que o lançou. João Neves é cobiçado por meio mundo e tal deve-se ao trabalho da equipa técnica. Florentino vinha de dois empréstimos falhados.

Guedes, Schjelderup e Tengstedt chegaram mais tarde, no Inverno. O português teve a infelicidade das lesões, o norueguês veio verde e o dinamarquês ficou para ser hoje o 9 menos mau do ponto de vista do equilíbrio. Enzo resolveu-se primeiro com Chiquinho, numa adaptação inesperada.

Desafios com Novas Contratações

O clube vendeu o suficiente, mas não deixam de ser 200 milhões gastos em duas épocas. Ramos e Grimaldo, entre outros, saíram. O português somava golos à pressão, o espanhol era criativo importante. Esta temporada, Di María foi contratação-estrela, com rótulo de intocável, como o próprio garantiu à primeira substituição. Não é só campeão do mundo. Jogou com Rui Costa, de quem é amigo. No entanto, com Neres no grupo e depois de época assente no equilíbrio, o argentino ia no sentido contrário ao modelo. Mesmo que seja paradoxal e faça sentido em campo.

Kokçu, Cabral, Jurásek, Trubin, Guedes e Bernat foram os primeiros. Marcos Leonardo, Rollheiser, Prestianni e Carreras aterraram depois. O turco não pressiona como Enzo e à frente abrem-se buracos por todos os lados. Também Arthur não é Ramos, sobretudo sem bola. Com esta, precisa de ser alimentado. Entretanto, o checo, de perfil completamente diferente de Grimaldo, não demorou muito a ser flop. É lateral de linha sem capacidade de drible e a equipa estava demasiado viciada no espanhol para poder entendê-lo e também se adaptar. Já o ucraniano é ainda promessa demasiado intermitente. Acrescenta coisas a Vlachodimos, porém falta-lhe a consistência do grego no bê-á-bá. O internacional português não pareceu a 100 por cento e o lateral espanhol acumulou lesões, apesar de, em teoria, ser solução. Em janeiro, o ex-Santos pareceu ser aposta imediata, contudo também se sentiu que precisa de tempo, tal como o jovem argentino. O ex-Estudiantes tem Di María e Neres à frente. Já o segundo lateral-esquerdo espanhol mostrou em campo que Aursnes não podia largar a farda de bombeiro.

Desafios Táticos e de Estratégia

Pelo meio, Schmidt é acusado de não ter plano B. Amorim inventou Inácio a médio e desistiu. Coates na frente é modo chuveirinho, não é um plano. Conceição teve vários: o losango, os 3 centrais e até o 4x1x4x1, que tem sido tão inconsistente que várias vezes volta ao 4x4x2. Não será mais importante um bom plano A?

Atiram-lhe que não faz substituições. Guardiola, numa segunda mão dos quartos de final da Liga dos Campeões, fez a primeira aos 72’ e a segunda aos 91’. Não estou a comparar sabedoria, é um exemplo. Ambos responsabilizam os jogadores pela ideia, que no espanhol varia e no alemão é quase sempre a mesma. Também já trocou jogadores ao intervalo, mas a caricatura é há muito indelével.

Não me parece ainda que alguma vez, mesmo com o caso Kokçu, lhe tenha escapado das mãos o grupo de trabalho. Pelo menos, não há sinais exteriores.

O alemão pareceu perdido, sim, a certa altura. E só terá acertado o 11 perto do fim. Também terá dificuldades em ler o jogo, antes e depois, porque estrategicamente nunca se preocupa com o rival. Aqui, não se espera que mude. Mas a história está cheia de homens de sucesso que não pontuam no máximo em todas as áreas.

No entanto, no final, a resposta à pergunta ‘deve Rui Costa manter Schmidt’ sairá sempre de outra, importante: será que, num enquadramento mais favorável, com a estrutura do futebol, o treinador e o scouting a trabalharem em conjunto para um mercado mais assertivo, e uma proximidade maior entre todos, o alemão pode ter mais sucesso?

Gyökeres e Matheus Nunes em grande destaque na Liga dos Campeões

  1. Viktor Gyökeres marcou 38 golos em 24 jogos nas competições domésticas e 5 golos em 5 jogos na Liga Europa
  2. Viktor Gyökeres leva 2 golos em 3 jogos na Liga dos Campeões
  3. Viktor Gyökeres teve 15 toques na área adversária na 3ª jornada da Liga dos Campeões
  4. Matheus Nunes teve 13 toques na área adversária na 3ª jornada da Liga dos Campeões

Kokçu lamenta derrota do Benfica contra o Feyenoord

  1. Orkun Kokçu trocou o Feyenoord pelo Benfica em 2023 por €25 milhões
  2. Benfica perdeu por 0-1 frente ao Feyenoord na Liga dos Campeões
  3. Kokçu lamentou a falta de resposta da equipa à pressão do Feyenoord
  4. Kokçu não quis entrar em detalhes sobre a relação com o treinador Roger Schmidt

FC Porto expulsa sócios implicados em incidentes na Assembleia Geral

  1. Além de Fernando Madureira, Sandra Madureira, Vítor Catão e outros foram notificados da decisão de expulsão como sócios do FC Porto
  2. A Operação Pretoriano relaciona-se com tentativa de criar clima de intimidação na Assembleia Geral do FC Porto
  3. Os arguidos estão acusados de diversos crimes, incluindo ofensa à integridade física e coação agravada
  4. A direção do FC Porto garantiu em agosto que instauraria processos disciplinares contra os sócios acusados
  5. O Ministério Público requer penas acessórias de interdição de entrar em recintos desportivos entre 1 a 5 anos

Halis Kokçu acredita que amizade com Arne Slot pode levar Orkun Kökçü para o Liverpool

  1. Halis Kokçu, pai do médio do Benfica Orkun Kökçü, acredita que a amizade entre o seu filho e o treinador Arne Slot pode levar o jogador a um clube tão grande como o Liverpool no futuro
  2. O Orkun é um jogador que tem potencial para dar o próximo passo
  3. O camisola 10 do Benfica está em boa forma na nova temporada e leva quatro golos e três assistências em 10 partidas oficiais

João Carvalho de regresso ao onze do Estoril

  1. João Carvalho, médio de 27 anos, regressa ao onze titular do Estoril após entorse no joelho
  2. O Estoril recebe o Arouca numa partida importante para as aspirações de subida de divisão
  3. Ian Cathro, treinador do Estoril, poderá repetir a estratégia que resultou no único triunfo da equipa esta época
  4. Fabrício Garcia, Yanis Begraoui e Alejandro Marqués são os restantes candidatos à titularidade na frente de ataque