O treinador do Estoril, Vasco Seabra, analisou a derrota da sua equipa frente ao Benfica, em conferência de imprensa após o jogo da 25.a jornada da Liga. Apesar do resultado desfavorável de 3-1, Seabra destacou a competência e a completa exibição da sua equipa.
«A análise é que fizemos um jogo bastante competente e completo. Penso que o jogo fica decidido em três minutos, entre o final da primeira parte e o início da segunda, mas nós competimos em todo o jogo. Infelizmente não levamos vitórias morais, mas levamos responsabilidade pela forma como competimos hoje. Pela forma como nos preparámos e jogámos tenho a convicção clara que vamos cumprir com os nossos objetivos,» afirmou Seabra.
Vasco Seabra também abordou a questão da falta de eficácia do Estoril, apesar de praticar um futebol atrativo. «Aquilo que sinto é que, nas vezes que jogámos verdadeiramente bem, nós ganhámos. Por vezes é difícil explicar, não tenho a contabilização fechada, mas parece que já vamos com 17 remates ao poste. Acho que somos a equipa com mais bolas nos postes. Sem querer ferir suscetibilidades, mas por vezes, a crónica do jogo muda em função da vitória ou da não vitória. O que contam são os pontos. Quando competimos desta forma, e temos de nos penalizar quando não competimos desta forma, porque aí é que temos de ser responsáveis. Quando jogamos assim, chegamos mais vezes à área do adversário. A jogar assim, vamos chegar ao final e vamos ser felizes,» destacou o treinador.
Questionado sobre o que mudaria no jogo se pudesse voltar atrás, Seabra apontou um lance específico. «No final dos jogos é sempre mais fácil podermos fazer isso. Essencialmente no lance do primeiro golo podíamos ter feito melhor. Até lá, tirando o primeiro golo, o Benfica não tinha feito nenhum remate à baliza. Temos muitos jogadores com capacidade para travar esses momentos e teríamos chegado ao intervalo empatados e com mais possibilidades de discutirmos o resultado,» explicou Seabra.
Além disso, o treinador do Estoril destacou a importância das individualidades ajudarem o coletivo. «Aquilo que normalmente acontece quando a equipa está muito bem. Um conjunto de jogadores não faz uma equipa. Quando somos uma equipa as individualidades acabam por sobressair. Quando chegámos havia uma grande turbulência, mas na janela de mercado tínhamos dez/doze jogadores com possibilidades de sair. Os jogadores continuam cá. Estamos numa fase crescente outra vez e a minha convicção é que vamos terminar de forma positiva e com as individualidades a crescer outra vez,» concluiu Vasco Seabra.