O líder do Benfica, Rui Costa, encontra-se no centro de uma crise que tem como foco a falta de comunicação entre o treinador Roger Schmidt e os jogadores. Esta situação evidencia um choque cultural visível, onde a eficiência alemã de Schmidt pode não estar a ser compreendida da melhor forma. A goleada de 0-5 sofrida no Dragão levantou questões sobre um possível pedido de desculpas aos adeptos, ao qual Schmidt respondeu de forma direta: «Não, porque não fizemos de propósito».
A aparente falta de comunicação entre treinador e jogadores no Benfica está a criar um ambiente de confusão. Schmidt, conhecido por valorizar a eficiência e a gestão de egos, parece estar a lidar com um plantel que não consegue traduzir o talento individual numa equipa coesa. A construção de um plantel com base no talento individual, mas sem um conceito de equipa bem definido, tem sido apontada como um dos principais problemas do Benfica atual.
O sucesso de Schmidt na época passada foi atribuído, em parte, à menor necessidade de gerir egos no plantel. Esta lição é crucial para o futuro, tanto para o treinador como para Rui Costa, presidente do clube. Algumas escolhas de contratação, como a vinda de Di María e Arthur Cabral, destacam a diferença de visão entre o presidente e o treinador.
Apesar dos desafios enfrentados, tomar decisões drásticas neste momento seria arriscado. Schmidt, apesar dos erros, tem contribuído para o bom desempenho da equipa. Rui Costa, enquanto líder, está perante a sua primeira grande crise. A forma como sairá desta situação irá definir o seu perfil como presidente do Benfica no futuro.
É evidente que há um problema de identificação no clube neste momento. Nestas circunstâncias, os líderes são chamados a agir para unir as peças soltas. Rui Costa terá de enfrentar este desafio para garantir a estabilidade e o sucesso do Benfica nos próximos tempos.