O Benfica tem enfrentado desafios financeiros significativos, com a recente venda de jogadores como Gonçalo Ramos e Vlachodimos. Na venda de Gonçalo Ramos ao PSG por 65 milhões de euros, o clube recebeu apenas 58,73 milhões de euros, devido a comissões e mecanismo de solidariedade. Da mesma forma, na transferência de Vlachodimos para o Nottingham Forest por 4,9 milhões de euros, cerca de 1,214 milhões não entraram nas contas do Benfica pelas mesmas razões. No total, o Benfica pagou 7,070 milhões de euros em comissões, para vendas brutas de atletas na ordem dos 80,375 milhões de euros.
Além das vendas de jogadores, o Benfica também enfrenta um aumento no passivo, que atingiu 193,3 milhões de euros. Deste valor, 71 milhões de euros devem ser pagos no prazo de um ano, o que pode levar à necessidade de venda de jogadores para cumprir com os compromissos financeiros. O clube tem recorrido cada vez mais a entidades financeiras, com um crescimento significativo no financiamento nos últimos dois anos, refletindo-se no aumento do passivo.
No entanto, nem tudo são más notícias para o Benfica. A SAD do clube registou um lucro de 18 milhões de euros no primeiro semestre da temporada 2023/24, impulsionado pela venda de Gonçalo Ramos e outras saídas de jogadores. O ativo do clube cresceu para 573,4 milhões de euros, representando um aumento de 2,8% em relação ao período anterior, enquanto o passivo diminuiu para 442,2 milhões de euros. Os capitais próprios do Benfica também aumentaram, atingindo 131,3 milhões de euros.
O Benfica destaca o retorno aos resultados positivos no primeiro semestre, a situação econômica sólida, o crescimento nas áreas comercial e de matchday, e o aumento dos rendimentos totais para mais de 180 milhões de euros. No comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o clube menciona ainda os detalhes das transferências de jogadores, como os valores potenciais das vendas de Vlachodimos, Jurásek, João Victor, Musa, e outros.