Augusto Melo, presidente do Corinthians, não escondeu a sua insatisfação com a saída de Lucas Veríssimo para o Al-Duhail, do Catar, e aproveitou para criticar tanto o jogador como o Benfica. Segundo Melo, o defesa brasileiro estava fora do mercado e sem visibilidade antes de chegar ao Corinthians. 'Se fosse eu o presidente, jamais aceitaria a vinda dele para cá. Era um atleta que estava fora do mercado, sem visibilidade. Trouxemos o garoto, recuperámo-lo, colocámo-lo na montra e ele saiu. Daqui para a frente, ou vem para beneficiar o Corinthians, ou não vamos servir de intermediários para ninguém. Não vamos voltar a servir de vitrine para ninguém', afirmou o presidente do clube de São Paulo.
Além disso, Augusto Melo também criticou a gestão interna do Corinthians, destacando o erro cometido no contrato de Lucas Veríssimo. 'Se nós tivéssemos contratado o atleta, com um passe estipulado, isto não tinha acontecido. É um grande erro. Não se faz isto em lado nenhum. Pegar num atleta, recuperá-lo e depois ele sair de graça. Era para custar bem menos. Fizemos um sacrifício, uma proposta de 8 milhões de euros. Estava tudo certo, vai e volta contrato. Tudo pronto na mão do atleta para assinar, na mão do procurador para assinar e ninguém assinou e não sabemos porquê...'.
Lucas Veríssimo estava prestes a continuar no Corinthians, onde estava emprestado pelo Benfica, mas acabou por se transferir para o Al-Duhail por uma proposta mais vantajosa. O Benfica recebeu 9 milhões de euros pela venda do defesa brasileiro.
Augusto Melo revelou que desconhecia a existência de outra proposta pelo jogador e destacou a má gestão do contrato feita pelo Benfica. 'Nós não sabíamos que ele tinha outra proposta. Ele era atleta do Corinthians até junho. Infelizmente, aconteceu tudo isto, devido a um péssimo contrato. Simplesmente receberam uma proposta e falaram comigo para dobrar o salário e dar mais um milhão de euros. Eu não concordei. O Corinthians tem as suas limitações e não vai voltar a ser intermediário de ninguém. Não vou mudar nunca', concluiu o presidente do Corinthians.