José Peseiro, conhecido por ter treinado clubes como Sporting, Sp. Braga, FC Porto e V. Guimarães, expressou a sua ambição de treinar um dos grandes clubes portugueses que ainda não teve a oportunidade de comandar: o Benfica. Em uma entrevista ao podcast 'Ontem já era tarde', da SIC Notícias, Peseiro comentou sobre essa ambição e a sua postura em relação a isso.
"Treinar o Benfica? Há ambição, mas não vejo como uma coisa fácil de concretizar neste momento. Não me sentiria bem em afirmar uma coisa dessas... Já treinei quatro dos cinco melhores clubes portugueses, falta o Benfica. Mas não vejo isso como muito claro, mas tudo pode acontecer no futebol. É uma ambição, um sonho que tenho, mas não me posiciono para isso. Há gente que se posiciona e isso não fica bem havendo um treinador no Benfica e numa altura de convulsões - ainda bem que o presidente do Benfica veio clarificar muito bem isso, dou os parabéns ao Rui Costa. É isso que se espera de um presidente de um clube grande", afirmou Peseiro.
Peseiro também abordou o comportamento dos adeptos em relação aos treinadores. Ele mencionou o incidente em que o treinador do Benfica, Roger Schmidt, foi alvo de objetos arremessados pelos próprios adeptos durante um jogo contra o Farense. "Por vezes, colocam-se os treinadores no céu quando estes ganham ao serviço de clubes como Benfica, Sporting ou FC Porto, e se calhar não merecem estar no céu só por isso. Se calhar há gente mais importante na humanidade, que descobre coisas incríveis para a nossa saúde, bem-estar e que não são falados nem um centésimo. Os treinadores nunca se devem sentir nas nuvens quando ganham, nem na merda quando perdem. Não concordo [com o comportamento dos adeptos], mas não me surpreende. Eu também vivi, várias vezes, momentos difíceis", disse Peseiro.
José Peseiro também fez referência à sua passagem pelo Sporting, onde foi alvo de críticas e pressão por parte dos adeptos. "No ano em que fomos à final da Taça UEFA, e andávamos à frente no campeonato, ouvi muitas vezes: 'Peseiro, cabrão, pede a demissão'. Era este o termo, não me mandavam coisas para cima. Havia um foco de tensão e o presidente chegou a dizer-me que eu era uma arma de arremesso contra ele. E no final, quase ganhámos tudo", recordou Peseiro.
Apesar de manifestar o seu desejo de treinar o Benfica, José Peseiro ressalta que não está a tomar qualquer posição para concretizar esse sonho. Resta saber se no futuro ele terá a oportunidade de comandar um dos maiores clubes de Portugal.
